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Alberto Bombig

REPORTAGEM

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Escolha de Alckmin fortalece ainda mais o comandante da transição

Colunista do UOL

22/12/2022 09h44Atualizada em 22/12/2022 14h44

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A indicação de Geraldo Alckmin (PSB) para comandar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior é mais uma prova da confiança que o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deposita em seu vice eleito e mais uma sinalização do governo ao setor produtivo, afirmam interlocutores de ambos.

A pasta, de imediato, terá mais peso e evidência sob o comando do vice. Ao acumular o ministério e a Vice-Presidência, Alckmin, comandante da transição, ganhará ainda mais força e destaque no futuro governo, em uma demonstração de que não será uma peça decorativa na nova corte petista, o que agrada setores do mercado e do empresariado temerosos de uma guinada à esquerda nos rumos do governo.

A indicação, segundo apurou a coluna, seria também uma forma de Lula reconhecer o trabalho que Alckmin desenvolveu à frente da transição entre o futuro governo e o do presidente Jair Bolsonaro (PL), que nunca demonstrou grande empenho em facilitar o processo.

Durante a campanha, Alckmin, ex-governador de São Paulo pelo PSDB, teve papel importante na interlocução com empresários, inclusive os que estavam refratários a Lula, e chegou a ser cotado para comandar o Ministério da Fazenda.

Com a escolha, Lula também repetirá a fórmula utilizada em 2004, em seu primeiro mandato no Planalto, quando o empresário José Alencar (1931-2011), então vice-presidente, passou a comandar a pasta da Defesa.

A escolha de Alckmin também é mais uma forma de contemplar o PSB paulista, importante peça na costura que levou o ex-governador tucano a se transformar em vice de Lula.