Topo

Alberto Bombig

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Zema é presidenciável e oposição não pode se acanhar, diz dirigente do Novo

Eduardo Ribeiro, presidente do Novo - Reprodução/Instagram/erfribeiro
Eduardo Ribeiro, presidente do Novo Imagem: Reprodução/Instagram/erfribeiro

Colunista do UOL

20/01/2023 11h32Atualizada em 20/01/2023 11h32

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido


O presidente nacional Novo, Eduardo Ribeiro, afirmou à coluna que a direita liberal e democrática não pode se acanhar após o 8 de janeiro e que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, filiado ao seu partido, é um presidenciável rumo à sucessão de Lula em 2026.

"Certamente o Zema é um dos presidenciáveis. Ele ficará no Partido Novo e sabe que seu grande desafio é continuar a fazer um bom governo, está focado nisso e tem plenas condições", disse Ribeiro à coluna. Para o dirigente, se o vácuo de poder deixado por Jair Bolsonaro (PL) se consumar, será importante que esse espaço seja ocupado por líderes da direita liberal e democrática, como Zema e o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos).

Na visão de Ribeiro, o jogo do PT e seus aliados à esquerda será o de classificar todos os opositores do governo Lula como "fascistas e antidemocráticos". "Isso não é verdade. Deslegitimar a oposição com esse discurso também é antidemocrático", disse.

"Quem está no nosso campo não pode se acanhar, se envergonhar. Precisamos ser firmes e não cair nas provocações", disse.
O Novo divulgou nota, ainda no dia 8 de janeiro, sobre os atos em Brasília: "Qualquer protesto deve ser pacífico e democrático. E existem caminhos institucionais para transformar a política e a sociedade, sem apelar ao caos e à barbárie".

Para o presidente do Novo, apesar de o partido ter perdido espaço legislativo após a eleição de 2022, é possível recuperar terreno político com as disputas municipais de 2024 e construir as bases para uma eventual candidatura de Zema à Presidência em 2026.

Na segunda-feira (16), Zema sugeriu que o governo do presidente Lula fez "vista grossa" para o risco de depredação de prédios públicos, em Brasília, nos atos golpistas do dia 8 de janeiro último. O objetivo seria fazer Lula de vítima.

A declaração teve ampla repercussão e, rapidamente, passou a ser lembrado como presidenciável e possível herdeiro do bolsonarismo. O governador de Minas, reeleito em primeiro turno, apoiou Bolsonaro no segundo turno da disputa presidencial. Também gerou um antagonismo entre o governador de Minas Gerais e o de São Paulo. "Tarcísio e Zema estão na mesma situação e sabem que, antes de tudo, terão de fazer um bom governo", disse Ribeiro.