Zema sugere que gestão Lula fez vista grossa e torceu por pior em ato no DF
O governador de Minas Gerais sugeriu que o governo federal pode ter feito "vista grossa" para os atos de vandalismo em Brasília, no dia 8, torcendo para que acontecesse o "pior", para que pudesse posar de "vítima".
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Romeu Zema (Novo) avaliou que houve um "erro da direita radical" ao praticar atos de terrorismo na capital federal e depredar os prédios dos Três Poderes, mas também falha nas ações tomadas pela gestão do presidente Lula (PT).
Me parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizessem de vítima. É uma suposição. Mas as investigações vão se foi isso."
Zema defendeu que aqueles que foram pegos em atos de vandalismo sejam presos, mas criticou a detenção dos golpistas que estavam "se manifestando de forma ordeira".
Você confundir um cidadão de bem com um depredador é erro gravíssimo. Que se puna essas pessoas que fizeram o vandalismo. Agora, estender isso a esses que estão se manifestando de forma ordeira, é uma situação muito distinta."
Zema também classificou o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (DEM), de uma decisão "prematura, desnecessária e injusta". O emedebista foi afastado por 90 dias do governo do Distrito Federal por determinação do STF, que considerou que ele não agiu para conter os atos de violência.
Problema de comando das PMs. Desde a deflagração dos atentados em Brasília, a Polícia Federal realizou centenas de prisões de golpistas envolvidos diretamente nos atos antidemocráticos.
Para o interventor da segurança pública no Distrito Federal, Ricardo Cappelli, houve um problema de comando da Polícia Militar nos ataques golpistas do dia 8.
"O que está muito claro para mim, nesse momento, é que houve um problema de comando. As forças de segurança agem dentro da cultura de hierarquia e disciplina e elas respondem ao comando", disse o interventor ao UOL News.
Cappelli diz que quatro inquéritos foram abertos pela Corregedoria da Polícia Militar e mais um será iniciado hoje, para apurar "conduta inadequada eventual".
Segundo o interventor, 44 policiais militares foram feridos e um agente quase foi morto.
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