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Jantar em SP reúne cotados para vagas no STF ainda este ano
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O advogado e coordenador do Grupo Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, foi homenageado pela atuação à frente do coletivo de juristas em jantar que reuniu os ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, e o presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney Menezes Ferreira.
O encontro ocorreu na noite de sexta-feira (10), em São Paulo, na casa do advogado Fábio Tofic Simantob, que faz parte do grupo, e defendeu Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Lula (PT). Como o Prerrogativas ganhou muita relevância no mundo jurídico nos últimos anos, o jantar também acabou se transformando em uma espécie de corpo-a-corpo político-eleitoral para os candidatos a uma vaga no STF.
Carvalho, militante do PT, mantém proximidade com Lula e tem bom trânsito entre vários ministros das cortes superiores. O Prerrogativas, além de ter sido determinante na defesa pública do presidente durante a Lava Jato, ajudou na confecção da chapa Lula-Alckmin, ainda em 2021.
Lewandowski e a ministra Rosa Weber se aposentam neste ano. Dos nomes sempre lembrados para ocupar uma vaga dessas vagas no Supremo estiveram no jantar os advogados Alberto Toron, Dora Cavalcanti, Flávia Rahal e Pedro Serrano, os juristas Lenio Streck e Manoel Carlos, a desembargadora Simone Schreiber, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região e o ministro Sebastião Reis, do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Nos bastidores, a avaliação era de que a vaga de Rosa Weber, a atual presidente, deverá ser ocupada por uma mulher. Portanto, Manuel Carlos, Pedro Serrano, Reis e Lenio Streck, assim como os advogados Cristiano Zanin e Pierpaolo Bottini, que não puderam participar do jantar, seriam hoje os mais cotados para o lugar de Lewandowski.
Toffoli e Lewandowski acompanharam os discursos de Tofic e de Carvalho e foram muito festejados pelos presentes, entre eles, o ex-ministro do STF Nelson Jobim e advogado criminalista Antonio Claudio Mariz de Oliveira. O anfitrião destacou a atuação de Carvalho e do Prerrogativas em defesa da democracia durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Lembrou ainda a importância no grupo no combate ao que chamou de arbitrariedades da Operação Lava Jato.
Em seu discurso, Carvalho brincou que as presenças de Esteves, Galípolo e Isaac Sidney, "todos com um sorriso no rosto", eram a prova de que as críticas de parte do mercado e do setor produtivo ao governo Lula na área econômica não deverão prosperar. O advogado relembrou a caminhada do grupo e disse que o "ovo da serpente" do ativismo judicial foi a ação penal 470 (julgamento do mensalão no Supremo). "Só existiu um Sérgio Moro porque existiu um Joaquim Barbosa (ex-ministro do STF)", afirmou. O coordenador do Prerrogativas elogiou as atuações de Lewandowski e de Dias Toffoli.
Carvalho fez parte da equipe de transição e chegou a ser lembrado para ocupar a Secretaria-Geral da Presidência com Lula, mas a vaga ficou com Márcio Macedo. Nas rodas de conversas, era grande a frustração com a ausência do coordenador do Prerrogativas no governo. Mas, no discurso, ele disse ter orgulho do PT e afirmou que continuará ajudando o presidente a partir da sociedade civil.
Entre os políticos, compareceram o secretário estadual de Governo de São Paulo, Gilberto Kassab, o presidente nacional do PSD, o ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e o deputado federal Rui Falcão (PT), que comandará a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, o deputado estadual Emidio de Souza (PT) e a secretária municipal Marta Suplicy.
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