Andreza Matais

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Opinião

Nunes perdeu o debate para ele mesmo ao ver criança brincando na Sé à noite

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), aproveitaram o debate na TV Record para ampliar a rejeição um do outro.

A tática se justifica. No segundo turno, o eleitor tende a escolher o "menos pior". Nesse sentido, quem tem maior rejeição, perde.

É por isso que Nunes insistiu em associar Boulos ao PSOL. Pesquisas mostram que o eleitor teme o partido de Boulos, que se posiciona mais à esquerda do que o PT. O resultado das eleições no primeiro turno mostrou que o eleitor escolheu maciçamente nomes de centro.

Nunes repetiu que Boulos é "invasor", "extremista", "não trabalha", "não acorda cedo" e incluiu que o adversário recorreu ao pai para resolver um BO quando já tinha mais de 30 anos.

Boulos, por sua vez, associou o prefeito a casos de corrupção e o desafiou a abrir suas contas bancárias.

"Ricardo Nunes falando de corrupção parece o casal Nardoni falando em cuidar dos filhos."

"Você tem gente suspeita ao seu lado. Cunhado do Marcola liberando dinheiro de obra da prefeitura."

"A culpa pela cidade insegura é do PSOL. A culpa por não ter feito poda (de árvores) é do Lula", contra-atacou Boulos.

No entanto, foi uma pergunta do jornalista Marcelo Godoy, do Estadão, que desempatou o toma lá, dá cá e fez com que Nunes perdesse o debate para ele mesmo.

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Ao questionar se Nunes usaria o celular no centro de São Paulo, o prefeito respondeu que esteve no local e relatou:

"Eu vi as crianças brincando na praça da Sé às 22 horas."

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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