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Ida de Guimarães a evento cancelado é vista como resistência à demissão
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Pivô da mais nova crise do governo de Jair Bolsonaro (PL), o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, participa na manhã desta quarta-feira (29) de um evento do banco, em Brasília, para divulgar o Plano Safra 2023. Após as denúncias de assédio, o banco informou à imprensa que estavam cancelados o pronunciamento e a coletiva de Pedro Guimarães sobre o tema.
Hoje, no entanto, mesmo com aliados do presidente Bolsonaro pressionando para que Guimarães deixe o governo, o presidente da Caixa apareceu, e a cerimônia aconteceu, mas fechada para a imprensa.
A presença de Guimarães no evento foi vista por auxiliares do presidente como uma demonstração de que ele "não quer deixar o cargo". "Está resistindo, mas o presidente vai demitir", afirmou um interlocutor.
Campanha vê desgaste e quer demissão
A revelação do site Metrópoles, com depoimentos de funcionárias da Caixa acusando Guimarães de assédio, virou a mais nova crise no comitê de campanha à reeleição de Bolsonaro, que ainda tentava se reorganizar após o baque da prisão do ex-ministro Milton Ribeiro.
Agora, as acusações de assédio atingem uma figura muito próxima ao presidente e têm potencial "destruidor" para a campanha de Bolsonaro, que tem dificuldades justamente com o público feminino. Os desdobramentos do caso, como os vídeos dos depoimentos exibidos pela TV Globo, na avaliação de uma fonte, tornam "insustentável" a permanência do executivo no cargo.
Para piorar ainda mais a situação de Bolsonaro, auxiliares destacam que Guimarães é o responsável pelo Auxílio Brasil, justamente a bandeira que os marqueteiros estão defendendo que Bolsonaro explore mais durante a campanha.
Fontes do governo também reagiram com indignação às denúncias e afirmaram que Bolsonaro "tem que demitir" logo o presidente da Caixa para tentar afastar logo essa crise do Planalto.
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