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Pedro Guimarães não quer ser demitido, mas sair "a pedido"
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A saída de Pedro Guimarães da presidência da Caixa Econômica Federal será anunciada ainda nesta manhã, mas a forma como ela se dará é motivo de embate neste momento entre alas do governo.
Guimarães, alvo de denúncias de assédio sexual por funcionárias do banco, como revelou ontem o site Metrópoles, insiste em sair "a pedido" —e exige que o governo endosse a sua versão de que "preferiu pedir demissão" para cuidar da sua defesa e evitar prejudicar o chefe, o presidente Jair Bolsonaro.
Já aliados do centrão e integrantes do núcleo duro da campanha querem que Guimarães seja não apenas demitido, mas que saia "sob vara", de forma a "mostrar toda a indignação" de Bolsonaro diante do episódio e, sobretudo, tentar minimizar o efeito negativo que o caso deve ter para o presidente entre o já pouco receptivo eleitorado feminino.
Neste momento, o ex-secretário especial de Comunicação Social Fabio Wajngarten está no Palácio da Alvorada tentando convencer Bolsonaro a anunciar que o presidente da Caixa deixa o governo demitido.
Estrategistas do Palácio consideram que o presidente já perdeu um tempo precioso no episódio e deveria ter anunciado o desligamento de Guimarães ontem mesmo.
Segundo um desses estrategistas, Bolsonaro disse que queria consultar o ministro da Economia Paulo Guedes para saber "como o mercado iria reagir" à saída de Guimarães. O presidente, afirmou o assessor, queria também indicar imediatamente o sucessor do atual presidente da Caixa — entre outros motivos, para não desencadear entre aliados uma disputa política em torno do cargo sob o qual está a maior bandeira de campanha da reeleição, o Auxílio Brasil.
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