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Carla Araújo

REPORTAGEM

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Auxílio Brasil de R$ 600 e vale-gás dobrado começam em agosto, diz ministro

Novo cartão do Auxílio Brasil - Divulgação/Ministério da Cidadania
Novo cartão do Auxílio Brasil Imagem: Divulgação/Ministério da Cidadania

Do UOL, em Brasília

13/07/2022 18h01Atualizada em 13/07/2022 19h18

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O ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, afirmou que a pasta trabalhará junto à Caixa Econômica Federal para garantir que os acréscimos no Auxílio Brasil e no vale-gás cheguem aos beneficiários já na folha de pagamento de agosto, que começa no dia 18. Segundo ele, o governo atuou junto ao Congresso para a aprovação da PEC. (Proposta de Emenda à Constituição) nº 15, a PEC dos auxílios.

"O Governo Federal trabalhou, novamente em parceria com o Congresso Nacional, para atender as famílias que mais precisam, neste momento de crise mundial dos combustíveis e do impacto econômico ainda presente da pandemia", disse à coluna. O ministro afirmou ainda que "o Ministério da Cidadania e a Caixa garantirão as condições para executar o pagamento com agilidade e eficácia".

A Câmara aprovou a PEC na noite desta quarta-feira (13), após uma manobra do presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), que atendeu aos interesses do governo.

Auxiliares do presidente Jair Bolsonaro (PL) chegaram a ventilar a possibilidade de pagamento ainda em julho, ou até mesmo algum valor adicional para este mês. No entanto, o próprio texto da PEC prevê apenas cinco parcelas adicionais - de agosto a dezembro.

No caso do vale-gás, como o pagamento é bimestral, os pagamentos adicionais serão feitos em agosto, outubro e dezembro.

Sem admitir o caráter eleitoral da medida, Bento disse que a PEC dos Auxílios mostra a preocupação de Bolsonaro com a crise econômica.

"Medidas como o aumento do valor mínimo do Auxílio Brasil para R$ 600 e a duplicação do valor do Auxílio Gás mostram nossa preocupação em recuperar o poder aquisitivo da população", afirmou.

Caminhoneiros e taxistas ainda sem cronograma

O Ministério da Cidadania diz que, no caso do auxílio-caminhoneiro de R$ 1.000 e do vale a taxistas, o pagamento será organizado pelo Ministério da Infraestrutura. Procurada, a pasta informou que o "assunto é da alçada do Ministério da Economia". Já o Ministério da Economia informou que a operacionalização e os detalhes sobre cronograma de pagamentos ficarão a cargo dos ministérios setoriais.

Ou seja, ainda não há um cronograma disponível para os pagamentos e o governo não detalhou como funcionarão os novos benefícios.

A PEC prevê o pagamento mensal de auxílio-caminhoneiro a cerca de 872 mil motoristas autônomos que constam no RNTRC (Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas), um cadastro mantido pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

Também há previsão de um benefício dos taxistas, com um custo total de R$ 2 bilhões. Na proposta original, apresentada via emenda, os taxistas receberiam R$ 300 por mês, até o fim deste ano. No entanto, o auxílio foi incorporado ao texto da PEC sem que fosse especificado se o valor será mesmo de R$ 300. O governo também ainda não detalhou como se dará o pagamento.