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Campanha vê duelo de Bolsonaro com Bonner como positivo, mas admite tensão
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Integrantes da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) e ministros do governo avaliaram que a entrevista ao Jornal Nacional na noite desta segunda-feira (22) foi positiva para o candidato à reeleição, mas admitiram que houve momentos de tensão, principalmente, com as primeiras interações de Bolsonaro com a apresentadora Renata Vasconcellos.
No 'duelo' com o apresentador William Bonner, na avaliação de auxiliares, Bolsonaro se saiu melhor já que mostrou disposição para enfrentar o jornalista logo no início da entrevista, mesmo mentindo que não xingou ministros do STF.
Para integrantes da campanha, Bonner também teria ido mal ao abrir a entrevista com "um discurso e não uma pergunta".
Em outro momento, na avaliação de auxiliares, Bolsonaro surpreendeu Bonner ao falar que o apresentador estaria estimulando que ele fosse um ditador, quando foi questionado sobre incoerências de governar ao lado do centrão.
De acordo com uma fonte, o balanço feito pela campanha é de que Bolsonaro "acertou mais do que errou" e que "as caras e risos dos entrevistadores foram boas para ele".
Durante a entrevista, o ministro das Comunicações, Fabio Faria, chegou a fazer uma postagem com críticas à postura de Bonner: "Como o William Bonner recebe o Presidente da República fazendo caras de deboche e caretas o tempo inteiro??? Inacreditável!!", escreveu.
"Roteiro agressivo com apresentadores arrogantes e debochados. Tivemos um Presidente sereno que mostrou que o Brasil está em boas mãos e rumo à reeleição", publicou Faria, após a entrevista.
Outro ministro que acompanhou a entrevista também considerou os apresentadores arrogantes e considerou que Bolsonaro "venceu a batalha".
Agressividade com mulheres?
Alguns integrantes do governo tentaram amenizar as interrupções de Bolsonaro já na primeira pergunta de Renata Vasconcellos, mas auxiliares da campanha admitiram que a postura do presidente foi mais agressiva com a apresentadora do que com Bonner.
Bolsonaro inclusive havia sido alertado para tentar se controlar justamente nas respostas para Renata, para evitar ampliar sua rejeição no eleitorado feminino.
Apesar de um comportamento mais rude com a jornalista, no balanço feito até o momento por auxiliares do presidente, as interrupções com a Renata não tiveram muitas reações negativas.
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