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Dossiê de funcionários aponta 292 denúncias de censura e governismo na EBC
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Pela quarta vez, funcionários da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) elaboraram um dossiê para denunciar casos de censura e de governismo nos veículos de comunicação que pertencem ao governo federal.
O mais recente levantamento, com dados de agosto de 2021 a julho de 2022, registra um total de 292 denúncias, sendo 228 de governismo e 64, de censura. Inicialmente, por um erro na hora da transcrição do material, o grupo havia informado que eram 184 casos de governismo, o que foi corrigido.
O dossiê, elaborado pela Comissão de Empregados da EBC e pelos Sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas do Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo, será divulgado em uma live organizada por funcionários da EBC na próxima quarta-feira (31).
Fazem parte do conglomerado da EBC: Rádio Nacional, Rádio MEC, TV Brasil, Agência Brasil, Radioagência Nacional e as respectivas redes sociais.
Pedido de compromisso eleitoral
Os funcionários da EBC pedem que os candidatos à Presidência se comprometam com o trabalho livre da imprensa que cobre o governo federal e afirmam que é necessário que os postulantes ao Palácio do Planalto defendam a EBC como instrumento da democracia brasileira.
"Continuam alvo preferido de censura temas como direitos humanos, questões indígenas, conflitos no campo, ditadura e qualquer assunto que exija posicionamento do governo. É recorrente a tática de derrubar matérias já prontas, quando o órgão oficial não envia respostas à reportagem", afirmou o grupo, em nota.
Promoção do Bolsonaro?
Os trabalhadores da empresa afirmam ainda que o uso dos veículos do conglomerado para promoção pessoal do presidente Jair Bolsonaro (PL) se aprofundou, principalmente na TV Brasil, que passou a ter a grade unificada com o canal governamental NBR em 2019.
De acordo com o levantamento, no período analisado, foram ao todo 274 eventos de Bolsonaro transmitidos ao vivo. Segundo o dossiê, muitos desses eventos teriam ocupado ilegalmente a grade da TV pública.
A coluna pediu um posicionamento do Ministério das Comunicações a respeito das denúncias e também uma manifestação da EBC. Caso sejam enviadas, a reportagem será atualizada.
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