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Defesa diz que militares não solicitaram acesso diferenciado a dados do TSE
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O Ministério da Defesa divulgou uma nota na qual afirma que as Forças Armadas "não solicitaram qualquer permissão de acesso diferenciado em tempo real aos dados enviados para a totalização do pleito eleitoral pelos TRE (Tribunais Regionais Eleitorais), cuja realização é competência constitucional da Justiça Eleitoral".
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo informou que os militares farão "apuração paralela em tempo real com 385 urnas".
Segundo a pasta comandada pelo general Paulo Sérgio, o Ministério da Defesa e as Forças Armadas "não demandam exclusividade e tampouco protagonismo em nenhuma etapa ou procedimento da fiscalização do sistema eletrônico de votação".
Na nota, a Defesa diz ainda que os militares "permanecerão pautando a sua atuação pela estrita observância da legalidade, pela realização de um trabalho técnico e pela colaboração com o TSE".
"Com base na resolução nº 23.673-TSE/2021, as Forças Armadas têm atuado como uma das entidades fiscalizadoras, legitimadas a participar das etapas do processo de fiscalização do sistema eletrônico de votação", diz a nota.
O TSE também negou ter feito acordo com as Forças Armadas para facilitar o envio de dados compilados públicos sobre a totalização de votos das eleições.
Reunião adiada
Segundo o UOL apurou, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, ficou bastante irritado com a publicação da reportagem e esse incômodo chegou até os militares.
Fontes da Defesa ouvidas pela coluna afirmam que Moraes entendeu que, após a repercussão negativa da reportagem, seria bom reagendar uma nova reunião que estava prevista para amanhã com o ministro Paulo Sergio.
O ministério quer tentar manter o momento de menos animosidade com a Corte Eleitoral, pois Paulo Sergio ainda espera conseguir a realização do teste de integridade das urnas eletrônicas nas próprias seções eleitorais que forem sorteadas.
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