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Carla Araújo

REPORTAGEM

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Lives de Lula patinam em audiência, mas Secom resiste em alterar horário

Do UOL, em Brasília

04/07/2023 12h06

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A estratégia criada pelo ministro da Secom (Secretaria de Comunicação), Paulo Pimenta, de também colocar o presidente Lula para fazer transmissões ao vivo nas redes sociais não tem se mostrado muito efetiva, ao menos em termos de audiência.

O modelo de conversas semanais foi usado durante os quatro anos do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Mas, se o formato foi inspirado no adversário político, uma diferença tem prejudicado o sucesso das lives de Lula: o horário.

Enquanto Bolsonaro transmitia suas lives às quintas-feiras, às 19h, Lula tem feito suas "Conversas com o Presidente" às terças-feiras, às 8h30.

O fluxo de audiência nas redes sociais começa a subir conforme o horário, sendo que os picos são justamente após o "horário de expediente", ou seja, por volta das 18h. Há no entorno do presidente quem diga que já tentou alertar o ministro para que estudasse uma alteração.

À coluna, porém, Pimenta falou que nunca teve retornos com sugestões de mudanças e disse que "não vamos alterar".

Segundo o ministro, mesmo com as baixas audiências, as "Conversas com o Presidente" têm cumprido o objetivo, que é, de acordo com Pimenta, "ter um espaço de diálogo direto e pautar temas que nos interessam".

Pimenta também relativizou a baixa audiência dizendo que a Secom depois produz "cortes que são usados em todas as redes sociais sobre temas específicos".

Número de Bolsonaro eram 'outro patamar'

Nesta terça-feira (4), cerca de duas horas depois do encerramento da live de Lula, o total de visualizações era de 14 mil.

Nas três edições anteriores, a conversa atraiu 138 mil visualizações, 178 mil e 99 mil, respectivamente. A audiência simultânea, a que acontece enquanto a live está sendo realizada, tem ficado numa média de 7.000 pessoas.

Os números de Bolsonaro destoam bastante. Entre julho e setembro do ano passado, por exemplo, na época da campanha eleitoral, as visualizações das lives do então presidente ficavam na casa de 300 mil, com picos de 400 mil.