PF abre inquérito para apurar se houve sabotagem criminosa em apagão
A Polícia Federal abriu um inquérito policial para apurar as causas do apagão que deixou parte do país sem energia elétrica na última terça-feira (15/8).
Em nota, a PF afirmou que a investigação, "que corre em sigilo, apura os crimes de sabotagem e atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública".
Ao todo, 25 estados mais o Distrito Federal foram atingidos pelo apagão. Apenas Roraima, que não é interligada ao SIN (Sistema Interligado Nacional), não foi afetada.
Segundo o governo, a situação foi normalizada completamente pouco mais de seis horas após o início do apagão.
O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) informou no dia 15 que a ocorrência no SIN provocou a separação elétrica das regiões Norte e Nordeste das regiões Sul e Sudeste, "com abertura das interligações entre essas regiões". A interrupção no Sul e no Sudeste foi uma ação controlada (proposital) justamente para evitar a propagação do problema.
No dia do apagão, o Ministério de Minas e Energia anunciou a criação de "uma sala de situação" para acompanhar o caso e determinou a apuração do incidente.
O ministro Alexandre Silveira tinha anunciado também que pediria ajuda da PF e citou atos de sabotagem ao sistema elétrico que foram registrados no início do ano.
"O que aconteceu hoje, é importante dizer, é extremamente raro, e absolutamente nada tem a ver com o planejamento do sistema e a geração de energia", afirmou Silveira, na ocasião.
Ele descartou ainda que o apagão possa ter sido provocado por um evento evolvendo instabilidade na transmissão de energias renováveis, como solar e eólica.
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