Carla Araújo

Carla Araújo

Reportagem

Exército defende 'lisura e transparência' e diz que monitora delação de Cid

Após a revelação feita pelo tenente-coronel Mauro Cid de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) consultou a cúpula das Forças Armadas sobre um possível golpe após a eleição, o Exército informou que tem colaborado com as investigações e que defende a apuração dos atos de militares envolvidos no episódio.

"O Exército vem acompanhando as diligências realizadas por determinação da Justiça e colaborando com todas as investigações", disse o Centro de Comunicação Social do Exército, em nota.

De acordo com o texto, o Exército "pauta sua atuação pelo respeito à legalidade, lisura e transparência na apuração de todos os fatos que envolvam seus militares".

Nos bastidores, militares de alta patente ouvidos pela coluna admitem que o desgaste para a imagem das Forças Armadas continua e que ainda levará tempo para que percam a pecha golpista colocada durante o governo Bolsonaro.

Na nota, o Exército diz ainda que as informações prestadas por Cid fazem parte de processos investigatórios que estão sendo conduzidos pelos órgãos competentes pelas apurações.

"Em consequência, a Força não se manifesta sobre processos apuratórios em curso, pois esse é o procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército Brasileiro com as demais instituições da República."

Marinha também diz contribuir com investigações

Mesmo com o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, citado em delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, a instituição disse em nota que não teve acesso ao conteúdo da delação e que "não se manifesta sobre processos investigatórios em curso no âmbito do Poder Judiciário".

"Consciente de sua missão constitucional e de seu compromisso com a sociedade brasileira, a Marinha Brasileira, Instituição nacional, permanente e regular, reafirma que pauta sua conduta pela fiel observância da legislação, valores éticos e transparência", diz o texto.

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A nota afirma ainda que a Marinha reitera que "eventuais atos e opiniões individuais não representam o posicionamento oficial da Força e que permanece à disposição da justiça para contribuir integralmente com as investigações".

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