Carla Araújo

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Reportagem

Moraes manda soltar coronel aliado de Mauro Cid; advogado nega delação

O ministro do STF Alexandre de Moraes mandou soltar o coronel do Exército Bernardo Romão Correa Neto, preso em fevereiro por supostamente ter participado de um plano de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro na presidência.

Moraes concedeu liberdade provisória com medidas cautelares, segundo apurou a coluna.

O advogado do coronel Correa Neto, Ruyter de Miranda Barcelos, afirmou que não houve acordo para delação premiada.

"Na Polícia Federal, o assunto delação premiada não foi abordado. Meu cliente respondeu a todas as perguntas formuladas. Se todos os temas foram esgotados, não creio que haja necessidade de acordo", declarou à coluna.

O coronel Correa estava sob custódia do Exército, no Batalhão da Guarda Presidencial, e foi liberado na noite de ontem. Ele tinha sido preso em 11 de fevereiro — estava nos Estados Unidos e foi detido assim que desembarcou em Brasília.

Aliado de Mauro Cid

O militar atuava como homem de confiança de Mauro Cid, segundo a PF. No despacho de Moraes para pedir a prisão, em fevereiro, a corporação relatou que o coronel Correa Neto acompanhava "proximamente o desenrolar das providências que criariam ambiente favorável ao golpe de Estado e pertenceria ao Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas da suposta organização criminosa".

Outros três integrantes da suposta organização criminosa também foram presos por determinação do ministro Moraes: Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, Marcelo Câmara, coronel da reserva do Exército e assessor do ex-presidente, e Rafael Martins, major do Exército.

Reportagem

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