Após 32 anos de briga, Thereza e Fernando Collor se unem por eleição em AL
Mais de 30 anos após o impeachment da Presidência da República, Fernando Collor de Mello e a ex-cunhada Thereza Collor esqueceram as mágoas e participaram, juntos, de um ato de campanha eleitoral em Maceió na noite desta quinta-feira (3).
Os dois estavam juntos em uma carreata do candidato Fernando Collor, que apesar do mesmo nome, é sobrinho do ex-presidente e filho do casal Pedro e Thereza Collor.
Thereza e Fernando estavam afastados desde 1992 quando Pedro, irmão do ex-presidente e com quem Thereza era casada, fez denúncias que resultaram no processo de impeachment de Collor.
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Sem mandato pela primeira vez em uma eleição desde 2007, Collor entrou, na reta final, na campanha do sobrinho, que usa e abusa da imagem do tio.
Na carroceria de uma camionete, os três percorreram o bairro do Vergel do Lago, onde historicamente Collor tinha uma das maiores votações.
Foi no local que Collor ergueu, enquanto governador, o Papódromo, um local feito exclusivamente para receber o papa João Paulo 2º em Maceió, em 1991.
O locutor do ato, a todo instante, falava que ali era "Collor candidato a vereador", sem especificar que se tratava de um sobrinho.
Em entrevista à coluna, em agosto, Fernando (o sobrinho) explicou que a escolha do nome político veio porque "sempre foi conhecido como Fernando Collor". "É um nome que carrega história e propósito. Meu tio, Fernando Collor, sempre foi uma inspiração", diz. Porém, na disputa anterior, para vice-prefeito de Atalaia (AL), em 2012, usou o nome Fernando Lyra.
Cadastro eleitoral de 2012:
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Cadastro eleitoral de 2024:
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Quem é Thereza
Thereza teve um papel importante à época ao apoiar as denúncias que o marido fez contra o irmão. Seu destaque na mídia gerou até um apelido de "musa do impeachment."
Pedro Collor morreu em 1994. Após isso, Thereza chegou a ser secretária de Turismo de Alagoas entre 1995 e 1998 e foi candidata a deputada federal em 2018 pelo PSDB (recebeu 9.064 votos, mas não foi eleita).
Em 2018, Thereza chegou a divulgar nota repudiando o apoio do PSDB ao ex-presidente —que se lançou, mas renunciou pouco depois, ao governo de Alagoas.
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"É muito triste para mim, que cortei da própria carne para combater esquemas nefastos para o Brasil, ver meu próprio partido, ao qual estou filiada há 20 anos, se aliar regionalmente à esta candidatura ao governo de Alagoas", disse ela.
Em janeiro, a coluna contou que Thereza e os dois filhos de Pedro Collor pediram à Justiça de Alagoas que o empresário deixe de ser considerado sócio das empresas da família, a OAM (Organização Arnon de Mello), administradas por Collor.
O objetivo é evitar que a herança deixada por Pedro a Thereza Collor e seus filhos seja usada para pagar dívidas milionárias do grupo de comunicação.
Herdeira de metade dos bens do marido, Thereza alega ter feito o acordo por saber que Pedro e Fernando tinham uma relação ruim. Os desentendimentos entre eles culminaram com o impeachment do então presidente, em 1992. No STF, porém, Collor foi absolvido por falta de provas, em 2014.
É histórico: não existe um bom entendimento familiar entre Thereza e os sócios; no caso, hoje, o Fernando Collor, que é majoritário.
Lindonice de Brito, advogada de Thereza, em janeiro de 2024
125 comentários
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Katia Dias do Prado
cada uma. o povo ja esqueceu que este pilantra tirou o dinheiro de todo mundo? que seja preso e a chave jogada fora
Paulo Roberto Jerônimo da Silva
Os tempos atuais são sombrios. Chegamos ao absurdo de um candidato se orgulhar do sobrenome Collor.
Erley Fausto Caetano
É o que sempre digo . Quando a política chega aí todos ficam amigos para levar mais um pouco por baixo dos panos assim como o plano Collor que matou um monte de brasileiros de depressão . Um cara sem ver .... Ainda ganhando dinheiro as nossas custas . O povo tem q se ferrar mesmo de verdade .VERGONHA DESSE TIPO DE GENTE