PF apreende bola autografada por Pelé e chuteira de Messi em operação no RN
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A PF (Polícia Federal) e a Receita Federal apreenderam diversos itens de luxo durante operação nesta terça-feira (25) contra integrantes de uma suposta organização criminosa especializada em crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro.
Entre os itens, alguns esportivos chamaram a atenção, como uma bola assinada por Pelé, uma chuteira usada por Messi e uma raquete de tênis com assinatura de Roger Federer (veja lista completa abaixo).
Segundo a investigação, o grupo recolhia recursos com promessa de altos rendimentos no setor de energia solar. Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e 18 mandados de busca e apreensão nas cidades de Natal, Barueri (SP) e Goiânia.
As ordens cumpridas na operação Pleonexia foram expedidas pela 14ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte, que também determinou o bloqueio e o sequestro de R$ 244 milhões em bens dos investigados.
Lista de bens apreendidos:
- 1 lancha
- 2 jet skis
- 1 UTV
- 20 relógios
- 1 Porsche
- 1 Mercedes CLA 45
- 1 Mercedes-AMG G 63
- R$ 228 mil em espécie
- Joias
- 1 bola de futebol autografada por Pelé
- 1 chuteira usada por Messi

Como funcionava o esquema
Segundo a PF, o material publicitário do grupo divulgava usinas solares com capacidade de geração superior a 1,2 milhão de kWh/mês, mas apenas uma unidade estava efetivamente conectada à rede elétrica, com geração real muito abaixo do anunciado.
Além disso, a PF não possuía autorização da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para operar e não estava registrada na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o que é necessário para atuar no mercado.
O grupo atraía pessoas de diversas regiões do país, comprometendo-se a pagar um rendimento mensal entre 4% e 5% -- o que se revelou insustentável e com fortes indícios de fraude.
Receita Federal

Ainda de acordo com a investigação, a organização pegava o dinheiro desviado para a aquisição de imóveis, veículos de luxo e outros bens de alto valor.
O líder do esquema, que não teve o nome revelado, foi preso preventivamente e já possuía antecedentes criminais. Ele utilizava terceiros para ocultar sua participação no esquema.
O montante ilícito movimentado ultrapassa R$ 151 milhões, com recursos provenientes de aproximadamente 6.300 pessoas, distribuídas em 732 municípios brasileiros. Diante das evidências, a Justiça determinou o bloqueio e o sequestro de cerca de R$ 244 milhões em bens dos envolvidos, visando ao ressarcimento das potenciais vítimas e ao pagamento de multas e custas processuais.
Receita Federal
Para ajudar vítimas, a PF disponibilizou um canal para que as vítimas possam registrar denúncias e informar valores investidos e prejuízos sofridos.
4 comentários
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Raimundo Manoel de Carvalho
Cadeia nesses criminosos.
Jose Renato de Moraes
Sempre assim quando é do interesse dos poderosos a policia acha os culpados
Melquiades Isidoro Camara Nunes
PF disponibilizou canal para os que foram prejudicados por qual ou quais empresas?? Será que conseguirão saber???