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Com vitória de Lula, ministros do STF apostam em fim da guerra com Planalto
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Depois dos quatro anos de guerra intensa do Palácio do Planalto com o STF (Supremo Tribunal Federal), ministros da mais alta corte do país preveem um período de paz com a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva.
Hoje, quando foi divulgado o resultado das urnas, alguns ministros respiraram aliviado com a saída de Jair Bolsonaro do poder, pela perspectiva do distensionamento entre os dois Poderes.
Embora Bolsonaro tenha criticado o sistema eleitoral brasileiro, integrantes do Supremo acreditam que ele aceitará a derrota e colaborará com a transição para o governo Lula. Os ministros acham improvável que Bolsonaro se recuse a passar a faixa presidencial ao adversário.
Com a vitória de Lula, ministros enxergam agora um caminho para a reconstrução de pontes entre o Palácio do Planalto e do STF.
Com Bolsonaro derrotado, a expectativa é de um clima mais favorável para reatar os laços institucionais entre os Poderes e reconstruir a credibilidade do Judiciário.
Durante o mandato, Bolsonaro atacou o STF e o TSE. Seguidores do presidente fizeram o mesmo, especialmente nas redes sociais. As críticas atingiram pessoalmente os ministros das duas cortes, e não apenas as decisões por eles proferidas.
Com um ambiente sem ataques, o plano agora é o Judiciário reerguer a imagem em parte comprometida pelos ataques do presidente e de militantes.
No novo governo, ministros do STF consideram que seria natural o encerramento do inquérito que apura fake news e o que investiga ataques à democracia por milícias digitais. As duas frentes teriam cumprido o papel de defender a cúpula do Judiciário e as instituições, especialmente em ano eleitoral.
Passada a eleição, a avaliação no Supremo é de que seria preciso distensionar a relação entre as instituições. O caminho passaria por encerrar os inquéritos.
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