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Carolina Brígido

REPORTAGEM

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STF quer instalar vidros à prova de bala para se proteger de novos ataques

Peritos da PF buscam vestígios deixados por bolsonaristas que depredaram o STF - Carlos Alves Moura/STF
Peritos da PF buscam vestígios deixados por bolsonaristas que depredaram o STF Imagem: Carlos Alves Moura/STF

Colunista do UOL

16/01/2023 14h27

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Depois dos atos de 8 de janeiro, o STF decidiu incrementar a segurança interna para se defender de eventuais novos ataques extremistas. Entre as medidas que devem ser adotadas, está a instalação de vidros blindados. A avaliação dos ministros e da equipe de segurança é que o prédio que abriga o plenário e o gabinete da presidência é completamente vulnerável.

O edifício-sede do STF é uma espécie de caixa de vidro. Em 2011, o tribunal incluiu no orçamento para o ano seguinte a previsão de gastos com a instalação de vidros blindados no prédio. Na época, os ministros alegavam que, com o julgamento do mensalão, que ocorreria no ano seguinte, o tribunal ficaria mais visado por manifestantes.

Segundo fonte do tribunal, a troca dos vidros não foi feita. Como o prédio é tombado, o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) não teria autorizado. A avaliação de fontes do STF é de que agora, depois dos ataques do dia 8, seja dada a autorização.

Em julho de 2012, a vulnerabilidade do STF ficou comprovada quando o voo rasante de um caça da FAB (Força Aérea Brasileira) destruiu vidros do prédio principal. O episódio ocorreu durante a cerimônia mensal de troca da bandeira na Praça dos Três Poderes. Na época, a FAB alegou que foi um acidente e cobriu os gastos com a troca dos vidros.

Outra medida que será tomada pelo STF será manter o reforço da segurança com agentes da Polícia Judicial de outros tribunais. Além disso, foi feito pedido para que esses policiais sejam deslocados para trabalhar do Supremo de forma permanente. O tribunal também conta com reforço frequente da equipe da Força Nacional desde a intervenção federal.

O STF mantém em sigilo o número de policiais que cuidam hoje da segurança do prédio, bem como outras medidas adotadas desde o dia 8.