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Carolina Brígido

REPORTAGEM

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Cotado para 1ª vaga de Lula no STF, Zanin intensifica presença em Brasília

O advogado Cristiano Zanin Martins, que defendeu Lula da Lava Jato - Diego Vara/Reuters
O advogado Cristiano Zanin Martins, que defendeu Lula da Lava Jato Imagem: Diego Vara/Reuters

Carolina Brígido e Paulo Roberto Netto

Colunista do UOL

14/02/2023 04h00Atualizada em 14/02/2023 14h24

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Cotado para assumir a primeira vaga a ser aberta no STF (Supremo Tribunal Federal) no governo Lula, o advogado criminalista Cristiano Zanin Martins tem intensificado a presença em eventos jurídicos em Brasília. Na semana passada, compareceu à festa de despedida do ministro Jorge Mussi, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), e a um lançamento de livro no Supremo.

A festa foi organizada na casa do editor de uma revista jurídica e contou com a presença de ao menos quatro ministros do STF: Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. Também estavam no local o advogado-geral da União, Jorge Messias, homem de confiança de Lula. Quase todos os ministros do STJ foram ao evento.

Antes da festa, Zanin esteve no lançamento de uma coletânea de textos jurídicos no STF. Teve a chance de cumprimentar Edson Fachin, Gilmar Mendes e Barroso, além de Messias. Nos primeiros dias de janeiro, o advogado fez questão de comparecer à maioria das posses na Esplanada dos Ministérios. Em 1º de fevereiro, foi à cerimônia do STF de abertura do ano judiciário.

Nem todo o meio jurídico em Brasília recebe com simpatia eventual indicação de Zanin ao cargo de ministro do Supremo. Um ministro do tribunal tem dito a interlocutores que gosta da ideia. Já um assessor próximo de Lula afirmou à coluna que seria um "risco político muito grande" para o presidente escolher o advogado que o defendeu na Lava Jato para uma cadeira no Supremo.

A primeira vaga que abrirá no STF neste ano é a de Lewandowski, que tem aposentadoria programada para maio. Lula terá a chance de nomear outro ministro para a Corte em outubro, quando Rosa Weber se aposentar.

Nos eventos que frequenta, Zanin desconversa quando perguntado sobre a vaga no Supremo. Costuma dizer que a escolha final caberá apenas a uma pessoa: Lula.