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Carolina Brígido

REPORTAGEM

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Quem são os quatro ministros que ajudam Lula a escolher juízes de tribunais

Rui Costa, Alexandre Padilha, Flávio Dino e Jorge Araújo Messias - Marcelo Camargo/Agência Brasil/José Cruz/ Agência Brasil/Joédson Alves/Agência Brasil
Rui Costa, Alexandre Padilha, Flávio Dino e Jorge Araújo Messias Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil/José Cruz/ Agência Brasil/Joédson Alves/Agência Brasil

Colunista do UOL

28/04/2023 04h00Atualizada em 28/04/2023 11h16

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São quatro os ministros responsáveis por selecionar candidatos para dezenas de vagas abertas nos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) e TRFs (Tribunais Regionais Federais): Flávio Dino (Justiça), Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

O time tem o reforço do secretário de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Wellington César Lima e Silva, e do secretário de Relações Institucionais, Jean Keiji Uema.

A intenção do grupo é conferir maior transparência para o processo de escolha dos novos desembargadores e juízes. Primeiro, os tribunais enviam para o Ministério da Justiça listas com os nomes dos candidatos. O grupo se reúne de tempos em tempos para analisar o currículo dos candidatos que integram as listas encaminhadas para a Justiça.

Depois da primeira seleção, os nomes seguem para a análise da equipe da Casa Civil, com nova reunião do grupo de ministros e secretários. Com as informações em mãos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolhe, por fim, quem ocupará as vagas.

Fontes do governo dizem que a diferença para a gestão atual é que os candidatos interessados nas vagas podem pedir audiência com os ministros e secretários para encaminhar seus currículos e conversar sobre a seleção. Nas gestões anteriores, muitas vezes os candidatos não sabiam como proceder e precisavam de um padrinho político, normalmente parlamentar, para conseguir uma vaga em tribunal.

Por ora, algumas nomeações para tribunais serão adiadas. A expectativa é que sejam retomadas na segunda quinzena de maio. Fontes do governo dizem que Lula tem agora como prioridade aplacar as crises que atingem.

O mesmo motivo paralisou o processo de escolha do novo chefe da DPU (Defensoria Pública da União). O atual ocupante do cargo, Daniel Macedo, tem pouca chance de permanecer no cargo. A tendência é que seja escolhido Igor Roque, ex-presidente da Anadef (Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais) e chefe da DPU em Brasília, que tem o apoio de partidos e movimentos de esquerda.