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Carolina Brígido

REPORTAGEM

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Na luta por vagas no TSE, duas advogadas pedem apoio a ministros do STF

Plenário do TSE -  Alejandro Zambrana/Secom/TSE
Plenário do TSE Imagem: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

Colunista do UOL

22/05/2023 16h38Atualizada em 22/05/2023 16h46

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Duas advogadas procuraram ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) nos últimos dias para pedir apoio na campanha para as duas vagas abertas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Edilene Lôbo e Daniela Borges constam da agenda desta segunda-feira (22) da presidente do Supremo, ministra Rosa Weber. O tema divulgado das duas audiências não deixa dúvida: "lista tríplice do TSE".

Na última quinta-feira (18), Daniela Borges foi vista no Salão Branco do STF, uma espécie de antessala do plenário, conversando com ministros sobre a vaga na corte eleitoral. Daniela Borges tem o apoio da ministra Cármen Lúcia na disputa. Já Edilene Lôbo é advogada do PT e tem o apoio de setores do partido.

As duas vagas foram abertas na semana passada, com o término dos mandatos de Carlos Horbach e Sérgio Banhos. Ambos foram escolhidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Uma vez substituídos, o atual governo terá maioria no TSE.

A tendência é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeie os dois novos ministros anda em maio. Existe a possibilidade de serem escolhidos um homem e uma mulher.

O TSE deve enviar ao STF nos próximos dias duas listas tríplices. A tendência é que seja uma com nomes de candidatos e a outra, com candidatas. A lista com advogados poderá ter ao menos dois nomes apoiados pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes: Floriano Azevedo Marques Neto e Fabricio Medeiros.

A possível lista com candidatas tem três nomes apoiados por diferentes setores do PT. Marilda Silveira é próxima do ministro da Justiça, Flávio Dino. Gabriela Araujo teria o apoio da primeira dama, Janja da Silva. A terceira aposta seria Edilene Lôbo. Agora, Daniela Borges entra na disputa como mais uma cotada à vaga.

A ideia de elaborar duas listas distintas seria distensionar a disputa em torno das vagas, além de contemplar os interesses de Moraes, do governo e do PT - em especial, a ala defensora de representantes de minorias em cortes superiores.

Depois que as listas chegarem ao STF, elas serão votadas em plenário e encaminhadas a Lula. Quando estiver definida a nova formação no TSE, Moraes deverá pautar o julgamento das ações que pedem a inelegibilidade de Bolsonaro.

Além de dois representantes da advocacia, o TSE também é formado por três ministros do STF e dois do STJ (Superior Tribunal de Justiça).