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Policiais Antifascismo criticam Bolsonaro por assassinato de petista no PR
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O Movimento Policiais Antifascismo emitiu nota sobre o assassinato do guarda municipal e militante petista Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Ele foi morto no sábado (9) pelo agente penal bolsonarista Jorge José Guaranho na festa que comemorava seu aniversário, toda decorada com símbolos do PT.
O texto qualifica o assassinato como crime político e se refere a Guaranho como trabalhador "que foi recrutado pelo fascismo bolsonarista". "Desejamos que o policial penal agressor seja julgado dentro do devido processo legal, e não com vingança privada. Puxou o gatilho intoxicado por frases como: 'vamos fuzilar a petralhada', 'a ditadura matou pouco'", diz a nota.
Os Policiais Antifascismo comentam que, apesar de ser tratado como herói, por ter resistido e conseguido conter o agressor que poderia realizar uma tragédia ainda maior, "é vital deixar claro que quem foi assassinado foi um trabalhador policial". Também reconhecem a bravura da policial civil Pâmela Silva, mulher de Marcelo, na defesa de seu companheiro e dos outros convidados da festa de aniversário.
O texto afirma que "o governo Bolsonaro manipula policiais, instrumentaliza nossas corporações e não nos reconhece enquanto trabalhadores". Segue dizendo que "o presidente interveio na autonomia da Polícia Federal, aboliu a histórica formação humanizada e atuação cidadã da Polícia Rodoviária Federal, realizou uma reforma da previdência que retirou direitos - inclusive reduzindo pensão das viúvas de policiais que morreram em serviço, não concedeu qualquer reposição econômica das perdas inflacionárias para as carreiras federais, não estabeleceu qualquer política de enfrentamento à depressão e ao suicídio, tão presentes nas carreiras policiais".
O grupo também critica as iniciativas armamentistas de Bolsonaro. "O atual presidente arma a população colocando em risco a segurança de todos, inclusive a dos policiais", diz a nota. "A democracia deveria ser marcada pelo esforço da mediação de conflitos por meio do debate e não pela fraqueza das armas. O atual presidente e seu grupo de seguidores, reunidos no chamado bolsonarismo, creem nas armas e na guerra como solução para questões sociais, esvaziando as políticas públicas e a transformação social capaz de enfrentar os problemas históricos estruturais que marcam nosso país".
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