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Chico Alves

REPORTAGEM

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Deputado próximo de Ciro indica que ele pode ficar neutro no 2º turno

Ciro Gomes (PDT)  - TON MOLINA/ESTADÃO CONTEÚDO
Ciro Gomes (PDT) Imagem: TON MOLINA/ESTADÃO CONTEÚDO

Colunista do UOL

03/10/2022 15h22

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Os dirigentes do PDT, partido do presidenciável Ciro Gomes, estabeleceram data para decidir qual posição vão tomar em relação ao segundo turno da eleição presidencial. "Amanhã à tarde", disse à coluna Carlos Lupi, presidente da legenda. A tendência é que o PDT apoie a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), repetindo assim uma parceria que já aconteceu em eleições passadas, quando Leonel Brizola ainda era o principal nome dos trabalhistas.

A grande dúvida é qual será a posição adotada por Ciro Gomes, que concorreu à Presidência pelo partido e ficou em quarto lugar no primeiro turno, com 3% dos votos. Na noite de ontem, o político cearense pediu tempo para pensar antes de anunciar a decisão sobre se apoia ou não algum dos candidatos.

Para o deputado federal Mario Heringer, reeleito por Minas Gerais, um dos parlamentares mais próximos de Ciro nessa campanha, a possibilidade mais provável é mesmo que o PDT apoie Lula. Quanto ao presidenciável do partido, o caminho pode ser diferente.

"Acho que Ciro tem todo o direito de escolher a posição que vai tomar", diz Heringer. "Do ponto de vista político, ele continua sendo um dos grandes companheiros nossos. Do ponto de vista pessoal, ele tem que zerar as disputas do passado. Tem o direito de fazer a escolha que achar melhor, incluindo aí a neutralidade".

Para Heringer, o apoio do PDT pode não representar para Lula um acréscimo de votos, já que, segundo avalia, os eleitores que pretendiam migrar de Ciro para o petista já o fizeram no primeiro turno.