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Transição: Policiais de esquerda pedem para desvincular PMs do Exército
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Em reunião realizada hoje em Brasília, cerca de 40 policiais de corporações estaduais e federais levaram reivindicações ao deputado Paulo Teixeira (PT-SP), um dos coordenadores do grupo de transição para a área de Segurança Pública. O objetivo foi dar subsídios para guiar a política do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para o setor. Todos os policiais que participaram do encontro são simpatizantes de partidos e organizações de esquerda, entre os quais o coletivo Policiais Antifascismo.
Das pautas discutidas na reunião se destacam temas polêmicos como a desmilitarização ou desvinculação das polícias militares estaduais do comando do Exército; a regulamentação da produção, comércio e consumo de drogas como a maconha (a começar pela destinada a uso medicinal); a instituição da carreira única (que extingue a divisão que existe hoje nas corporações em duas carreiras, a dos que comandam e a dos que são comandados); além da vedação a qualquer iniciativa que resulte na redução dos direitos políticos dos trabalhadores em segurança.
Para o delegado Orlando Zaccone, da Polícia Civil do Rio, a reunião teve saldo positivo. "Paulo Teixeira disse que apoia 90% das nossas reivindicações", afirmou à coluna.
Os policiais pediram também o retorno do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), a criação do piso salarial nacional para policiais civis e militares e a inclusão das guardas municipais entre as forças de segurança.
No caso da desvinculação das PMs do Exército, os trabalhadores de segurança passariam a ter os mesmos direitos trabalhistas dos policiais civis e os governadores teriam total autonomia sobre as corporações.
Uma nova reunião será marcada para que os temas sejam discutidos também com o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), principal cotado para assumir o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública no futuro governo de Lula.
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