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Alessandro Vieira critica possibilidade de Braga Netto não ser punido
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O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) lamenta os prognósticos de que a maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai seguir o voto do relator, Benedito Gonçalves, que considerou que o general Walter Braga Netto, ex-ministro e ex-vice na chapa de Jair Bolsonaro, não teve participação na reunião do ex-presidente com embaixadores. No encontro, transmitido em julho do ano passado pela TV Brasil, Bolsonaro fez pregação contra a integridade do processo eleitoral brasileiro e divulgou mentiras para desacreditar as urnas eletrônicas. Por isso, o TSE deverá torná-lo inelegível por oito anos.
"Na medida em que a corte decide incluir na ação a minuta golpista e os demais atos da mesma natureza, fica evidente que Braga Netto deve ser responsabilizado", argumentou Alessandro Vieira à coluna. "Ele atuou juntamente com outros membros do governo no sentido de atacar instituições e tentar um golpe de Estado".
Para o senador sergipano, o general da reserva cumpriu papel central na conspiração: "Todos os militares implicados na tentativa de golpe se reportavam direta ou indiretamente ao Braga Netto".
O parlamentar acredita que há um temor generalizado de aplicar punições a militares das Forças Armadas. Para ele, o Judiciário, Legislativo e Executivo demonstram esse receio.
"Talvez isso seja resultado do trauma de 1964, mas é preciso enfrentar esse tabu", defende Alessandro Vieira. "Se isso não acontecer, nossa democracia fica fragilizada".
O julgamento do TSE sobre a reunião de Bolsonaro com os embaixadores será retomado amanhã.
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