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Lira e Lula saem vencedores com reforma, e Bolsonaro é o grande derrotado
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Bem que Tarcísio de Freitas, o governador de São Paulo, tentou avisar a Jair Bolsonaro e seus seguidores fanáticos do PL: "A direita não pode perder a narrativa de ser favorável a uma reforma tributária. Porque senão a reforma acaba sendo aprovada, e quem aprovou?".
Já depois do primeiro turno de votação, a pergunta de Tarcísio tinha uma resposta.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi quem conduziu as negociações, conteve os deputados rebeldes e intermediou os pedidos de emendas e cargos ao governo. O presidente da República, por sua vez, manteve-se discreto, permitindo que o Legislativo se vangloriasse. Ao mesmo tempo, Lula liberou os recursos necessários para que a reforma fosse aprovada.
Desde que os 382 votos a favor da reforma apareceram no placar, ambos podem bater no peito e anunciar que conseguiram atingir o objetivo que muitos políticos tentaram por décadas, sem sucesso.
Do outro lado, no papel de grande perdedor, está Jair Bolsonaro.
Sem motivos reais para se colocar contra a reforma, o ex-presidente invocou argumentos desconexos, falou até em comunismo. A verdade é que apenas não queria dar o gostinho da vitória ao governo do PT.
Na reunião do PL, em que Tarcísio foi destratado, Bolsonaro soltou bravatas, fez cara de mau, como se pudesse impedir a aprovação da PEC.
Não passou nem perto disso.
Acabou completamente desmoralizado em sua estreia como líder informal da direita.
Se continuar assim, Bolsonaro vai encolher muito mais rapidamente do que se imaginava.
Tarcísio, que não é bobo nem nada, conseguiu se desvencilhar do vexame.
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