Topo

Constança Rezende

Joice: Funcionário errou ao incluir intérpretes em demissões na TV Câmara

1º.fev.2019 - A deputada Joice Hasselmann na Câmara dos Deputados em Brasília (DF) para a sessão solene de posse dos Deputados Federais - FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
1º.fev.2019 - A deputada Joice Hasselmann na Câmara dos Deputados em Brasília (DF) para a sessão solene de posse dos Deputados Federais Imagem: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Colunista do UOL

24/07/2020 21h48Atualizada em 26/07/2020 01h31

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) afirmou que, por um erro, os intérpretes de libras da TV Câmara foram incluídos na lista dos 68 funcionários demitidos da secretaria de Comunicação da Casa.

O corte de 23% da equipe composta por 289 pessoas do quadro técnico e de jornalismo de veículos comandados pela secretaria foi anunciado hoje pela deputada, que comanda a secretaria desde o dia 10 de junho.

A informação sobre a demissão dos intérpretes de libras chegou a ser enviada à empresa terceirizada responsável pelos funcionários.

Joice afirmou ao UOL que explicou o fato à diretoria-geral da Câmara e que os intérpretes não serão demitidos. Ela disse que a inclusão foi feita "por erro grosseiro ou malandragem" de um funcionário da secretaria que será demitido.

"A lista de pessoas que poderiam ser cortadas foi feita pela direção da Secom onde havia inchaços. Na reunião, fui muito clara que apenas a gordura — por conta da redução de programas por conta da pandemia — deveria ser cortada e alertei que não deveriam mexer nas pessoas das libras", disse.

A possível demissão dos intérpretes, que segundo a deputada não será concretizada, foi criticada nas redes sociais.

A deputada, que rompeu com o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), avaliou que a equipe era grande e onerosa, mesmo com o volume grande de trabalho. Segundo a parlamentar, o setor precisava passar por uma "reestruturação" e anunciou que mudará "toda a programação".

Ela foi designada secretária de Comunicação por ato do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Dez deputados do PSL da ala bolsonarista tentaram tirá-la do cargo via Justiça, mas o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido.