Grupo de combate à corrupção da PGR pede a Aras proteção da Lava Jato
Procuradores da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão (Combate à Corrupção) do Ministério Público Federal enviaram um ofício ao procurador-geral Augusto Aras pedindo a proteção dos grupos de força-tarefa das operações da Lava Jato.
No documento, assinado por seis procuradores da República, o grupo afirma que é "indiscutível a utilidade e efetividade da atuação em grupos de trabalho e forças-tarefas, autorizadas a funcionar pela 5ª CCR dentro do plano estratégico de combate à criminalidade organizada".
Também dizem ser "indubitável a contribuição histórica e contemporânea das forças-tarefas do MPF no aprimoramento do combate à corrupção e à improbidade administrativa, desde os primórdios".
"Pela relevância dos trabalhos, a PGR, dentro das suas possibilidades e com critérios objetivos/transparentes, deve apoiar as atividades das Forças-Tarefas, pois os resultados têm sido positivos para todo o MPF e, principalmente, para a sociedade", diz o ofício.
Assinam o documento a coordenadora da 5ª Câmara, a subprocuradora-geral da República Maria Iraneide Facchini, os subprocuradores Antônio Carlos Fonseca da Silva e José Adônis Callou de Araújo Sá e os procuradores regionais Januário Paludo, Cláudio Dutra Fontella e Uendel Domingues Ugatti.
Eles pedem que Aras assegure a manutenção da estrutura de recursos humanos (funções, servidores e membros) e materiais (recursos orçamentários) das forças-tarefas e que conceda as suas prorrogações, por prazo não inferior a seis meses.
O grupo justifica que o tempo é razoável para o planejamento e conclusão das investigações em andamento, bem como para o amadurecimento das discussões sobre a criação da Unac (Unidade Nacional de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado), apoiada por Aras.
A unidade é criticada por procuradores que temem perder a sua autonomia e ficar sob o controle do procurador-geral.
O grupo pediu a Aras que remeta à 5ª Câmara para a manifestação de todos os pedidos de formação, renovação ou extinção de forças-tarefas relacionadas ao combate à corrupção, "bem como sobre aspectos inerentes à composição, à estrutura e ao funcionamento dos referidos grupos de atuação".
A manifestação foi feita após Aras afirmar, na noite desta terça-feira (28), que é a hora de "corrigir rumos" para que o "lavajatismo não perdure", em entrevista ao grupo de advogados Prerrogativas.
O chefe da Procuradoria-Geral da República também disse que a força-tarefa tem mais dados armazenados que todo o sistema único do Ministério Público Federal, com informações sobre 38 mil pessoas.
Nesta quarta-feira (29), em reunião com senadores, Aras disse que assegurou que o combate à corrupção está garantido em sua administração.
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