Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Bolsonaro pede para o 7 de setembro tudo o que avilta na prática
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Comentei na Live UOL de segunda-feira (01), o discurso feito pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no qual ele deixou claro que pretende transformar as comemorações do 7 de setembro em atos de campanha.
Durante a convenção do Republicanos, que oficializou o nome do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas como candidato ao governo de São Paulo, Bolsonaro disse que vai participar das celebrações do Dia da Independência de manhã em Brasília, "com o povo na rua e a tropa desfilando", e à tarde no Rio de Janeiro.
"Às 16h no dia 7 de Setembro, pela primeira vez, nossas Forças Armadas e nossas irmãs forças auxiliares estarão desfilando na praia de Copacabana, ao lado do nosso povo brasileiro", afirmou. "Vamos mostrar que nosso povo, mais do que querer, tem o direito e exige mais democracia e mais liberdade." O presidente também disse que os atos pedirão "paz, democracia, transparência e liberdade".
No governo do orçamento secreto, dos 100 anos de sigilo para processos, dos crimes contra a honra e da constante incitação à violência, Bolsonaro distorce o significado das palavras e defende na retórica tudo aquilo que ele e sua militância aviltam na prática. O presidente, em benefício próprio, mancha uma data histórica, que deveria ser preservada da pequena política partidária e eleitoral.
Na Live UOL falamos também sobre o discurso de Luiz Fux, no qual pede civilidade e paz no período eleitoral; e sobre as críticas de Simone Tebet (MDB) à polarização alimentada, segundo ela, por Lula e Bolsonaro.
Com Madeleine Lacsko, debato os principais assuntos do país diariamente, das 17h às 18h, com transmissão ao vivo nos perfis do UOL no YouTube, no Facebook e no Twitter.
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