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Ciro detalha proposta de renda mínima; Lula foge
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Comentei, na Live UOL de quinta-feira (11), a proposta de Ciro Gomes (PDT) de adotar, caso eleito, um programa de renda mínima no valor de R$ 1 mil por domicílio vulnerável.
Batizado de "Renda Mínima Universal Eduardo Suplicy", o benefício deve gerar impacto fiscal de R$ 170 bilhões, nos cálculos do pedetista. Suplicy, ex-senador, sempre foi ligado ao PT, e é um histórico defensor da implementação do programa, mas foi escanteado por Lula nos últimos anos.
Ao contrário do candidato do PT - que diz ter seu plano de governo na cabeça, tem feito apenas propostas genéricas como "acabar com a fome e garantir Saúde e Educação", e ainda foge de debates, como voltou a acontecer no caso do consórcio de imprensa -, Ciro detalhou o projeto. Explicou que o recurso para bancar o auxílio viria de duas fontes: da unificação das dotações orçamentárias de benefícios existentes e do imposto sobre grandes fortunas.
O benefício é um dos três pilares do novo modelo previdenciário proposto no plano de governo de Ciro Gomes e seria um programa de estado, vinculado ao processo de seguridade social.
Já André Janones, que desistiu da candidatura para apoiar Lula, mas está preocupado com a redução da vantagem sobre Bolsonaro, repetiu o papel de Mano Brown em 2018 e criticou na sexta-feira a comunicação do PT:
"Enquanto a esquerda não trocar 'renda mínima' por 'dinheiro pro povo', 'carta em defesa a democracia' ao invés de 'carta em defesa do povo', e 'nossas diretriz de programa' por 'nossas propostas para os brasileiros', o bolsonarismo continuará nadando de braçadas."
Ou seja: Janones percebeu o quanto a esquerda lulista se distanciou da realidade brasileira com seus academicismos e agora quer que o PT chame por outro nome, mais apelativo e popular, o programa que Lula nunca valorizou, nem assumiu, muito menos detalhou.
Na Live UOL de quinta-feira, falamos também do uso eleitoral da carta pela democracia; da nova pesquisa Quaest, que aponta empate técnico entre Lula e Bolsonaro em São Paulo; e do ex-ministro do STF Marco Aurélio Mello, o primo de Fernando Collor de Mello que declarou voto em Bolsonaro, em caso de segundo turno.
Com Madeleine Lacsko, debato os principais assuntos do país diariamente, das 17h às 18h, com transmissão ao vivo nos perfis do UOL no YouTube, no Facebook e no Twitter.
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