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Às vésperas do G20, Heleno ataca UE por "exagero" em pressão sobre Amazônia
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"Exagero". Foi assim que o general Augusto Heleno, ministro chefe do gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, respondeu quando questionado nesta sexta-feira em Roma sobre qual seria a mensagem do Brasil durante a cúpula do G20 sobre as acusações de desmatamento, principalmente no caso da Europa.
O encontro começa neste sábado e vai marcar a volta das reuniões presenciais entre chefes de estado. No centro do debate, porém, estará a questão climática, às vésperas da Conferência da ONU em Glasgow. Os encontros marcarão um capítulo de forte pressão contra o Brasil, acusado de não proteger as florestas e contribuir para uma crise ambiental.
Segundo Augusto Heleno, a mensagem que o governo levará ao G20 será de compromisso com a questão climática.
"O Brasil está procurando mostrar para a Europa a realidade brasileira, e não o que ficam inventando", disse. "O Brasil continua sendo um grande país, importante no contexto mundial. E tem que ser tratado com a verdade", afirmou o general. "Não pedimos não pede nada além da verdade", insistiu.
"O desmatamento é uma coisa que nos preocupa muito. Já se investiu muito. Agora, o exagero que fazem sobre o desmatamento é lamentável. Se fossem os dados que são divulgados verídicos, já teríamos desmatado o Brasil inteiro. E isso é uma mentira", disse o militar.
Dados divulgados por diferentes órgãos apontam que o desmatamento no Brasil atingiu uma taxa inédita, enquanto entidades como a ONU e indígenas denunciam o desmonte das políticas ambientais.
Para Heleno, isso não é a realidade. "O Brasil é um dos países que mais preservou suas florestas naturais. E não é fácil, numa extensão como a Amazônia, você manter um controle cerrado, é muito difícil", disse.
"Então, acontecem algumas coisas que não são as que nós queríamos. Tem que corrigir aos poucos. Mas vai sendo corrigido. Mas o controle está sendo muito mais efetivo e precisamos que o mundo conheça o Brasil verdadeiro", defendeu. "Não o Brasil que é anunciado por algumas pessoas que interessam...- não posso mais usar a palavra - prejudicar o Brasil", completou.
O militar evitou qualificar as barreiras comerciais que são criadas contra o Brasil como sendo um ato deliberado. Mas insistiu que existe um componente de concorrência. "É lógico que a situação econômica do Brasil, sobretudo do ponto de vista do agronegócio e da nossa influência no Leste da Ásia, tem influência na Europa. É natural", disse. "(É lógico) que é uma concorrência", insistiu.
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