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Suíça oferece R$ 1,5 tri para garantir nova fusão e salvar mercado
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A Suíça pode disponibilizar quase US$ 280 bilhões (R$ 1,5 trilhão) para estancar a crise financeira e permitir que a fusão entre os bancos UBS e Credit Suisse ocorra sem que novos riscos possam emergir.
A informação faz parte dos documentos que basearam o acordo do fim de semana, no qual o maior banco do país, o UBS, comprou o antigo rival Credit Suisse por US$ 3,2 bilhões (R$ 16,8 bilhões).
O temor entre a elite financeira suíça e os investimentos é de que a criação de um megabanco mundial, ainda que resolva a crise imediata, abra a possibilidade de uma vulnerabilidade ainda maior para o sistema financeiro.
"Quem salvaria uma instituição dessas proporções?", perguntam analistas e políticos nesta segunda-feira. O governo suíço deixou claro que a compra do Credit Suisse pelo UBS era a melhor alternativa, diante do risco que o sistema enfrentava. Acionistas de grande porte, como o governo da Arábia Saudita, chegaram a ser consultados.
Mas partidos de esquerda e ecologistas agora exigem um controle independente e uma investigação sobre o terremoto financeiro que abala o país.
O apoio de US$ 280 bilhões é o equivalente a um terço do PIB do país alpino e já gera um forte debate entre partidos políticos, que exigem respostas por parte da administração dos bancos sobre os motivos da crise.
A classe política também quer examinar o que ocorreu com os mecanismos de regulação que, na última década, insistiram que estavam fazendo testes regulares de estresse nos grandes bancos para examinar sua saúde financeira.
Como será a ajuda
Num primeiro momento, as autoridades vão oferecer um empréstimo para garantir a liquidez do UBS, no valor de US$ 100 bilhões (R$ 524 bilhões). Outros US$ 100 bilhões poderiam ser usados caso o Credit Suisse continue mostrando vulnerabilidades.
O UBS ainda receberá US$ 9 bilhões (R$ 47,2 bilhões) como uma espécie de seguro contra riscos que a fusão possa gerar. Apenas em 2022, o Credit Suisse teve perdas de US$ 7 bilhões (R$ 36,7 bilhões).
Na semana passada, o Credit Suisse já se beneficiou de um empréstimo de US$ 54 bilhões (R$ 283,1 bilhões) por parte do Banco Nacional da Suíça.
Um dos temores é de que, ao reabrir as contas do antigo banco, os fiscais e mesmo o UBS descubram outros problemas que estavam escondidos do monitoramento oficial ou que acabarão sendo impactados pela mudança.
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