Brasileiro pede ajuda para trazer família do Líbano em meio a conflito
O estudante brasileiro Luiz Guilherme Campos Diab solicitou ao governo brasileiro a expedição urgente de vistos para os membros de sua família, que se encontram no Líbano.
Em um documento enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e às pastas de Justiça e Relações Exteriores, a petição alerta que a situação no Líbano se agravou e que sua família corre risco.
A solicitação, feita através da advogada Talitha Camargo da Fonseca, aponta a fragilidade em que se encontra a família Diab, formada por um pai, mãe e gêmeos. Eles se encontram na cidade de Hezerta, no Vale de Beqaa, região que tem sido alvo de constantes ataques de Israel.
"A cada dia que passa, a situação se deteriora. Os bombardeios estão mais próximos e a população vive em constante medo", relata o brasileiro.
Luiz Guilherme possui dupla cidadania e seu pai Jamil tem direito à residência no Brasil até 2030. Mas não foram selecionados para os vôos da FAB que, nas últimas semanas, levaram ao Brasil mais de 2 mil pessoas.
Ele afirma ter tentado por diversas vezes e de forma independente, agilizar a documentação necessária para a vinda de sua família, mas sem sucesso. "Já enviei inúmeros e-mails para o Itamaraty e para a Embaixada do Brasil no Líbano, mas ainda não obtive uma resposta satisfatória", lamenta.
Nos últimos dias, relatos de organizações internacionais como o UNICEF, denunciam o aumento do número de vítimas civis, especialmente crianças, em decorrência dos bombardeios. No documento, a advogada de Diab insiste sobre a urgência da situação.
O requerimento aponta ainda para o direito à reunião familiar e o dever do Estado brasileiro de proteger seus cidadãos, especialmente em situações de conflito armado. A advogada cita os vários tratados internacionais aos quais o Brasil é signatário e a Constituição Federal como base de fundamentação de seu pedido.
"O Brasil tem o dever de proteger seus cidadãos, independentemente de onde eles estejam", afirma a advogada Talitha Camargo da Fonseca. "A situação da família é desesperadora e exige uma resposta rápida e eficaz do governo."
Para ela, a solicitação do brasileiro reabre o debate sobre a importância da proteção aos direitos humanos e a necessidade de agilidade no atendimento a casos humanitários.
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