Jamil Chade

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Trump anuncia que vai enviar imigrantes irregulares para Guantánamo

O presidente Donald Trump anuncia que vai usar a base americana em Guantánamo para prender imigrantes irregulares.

O centro de detenção dos EUA, em Cuba, foi criado em 2002 pelo então presidente dos EUA, George W. Bush. O objetivo era prender suspeitos de terrorismo, após os ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos.

A base em Cuba teria lugar para 30 mil estrangeiros e, segundo o presidente, seria usada para os imigrantes "mais perigosos".

"Estou assinando hoje uma ordem executiva para instruir o Departamento de Defesa para começar a preparar a base para imigrantes", disse Trump. "Muita gente nem sabe que isso existe", afirmou. "Temos 30 mil leitos para colocar os piores criminosos estrangeiros que ameaçam o povo americano. Alguns são tão ruins que não confiamos nos países (de origem) para mantê-lo", disse. "Não queremos que eles voltem. Então, vamos mandá-los para Guantánamo. Isso vai dobrar nossa capacidade. É um lugar duro de sair de lá", afirmou.

O anúncio do presidente faz parte de uma campanha para justificar sua ofensiva contra 11 milhões de imigrantes que vivem de forma irregular nos EUA. Ao longo da eleição em 2024, ele insistiu em vincular a presença de estrangeiros ao suposto aumento da criminalidade nos EUA.

A medida ocorre uma semana depois de Trump ter determinado que cartéis de drogas e o crime organizado devem ser considerados como "terroristas".

Trump passou a ser atacado por grupos de direitos humanos e mesmo governos estrangeiros por criminalizar a imigração.

A base em Cuba foi denunciada por instâncias internacionais por representar uma violação dos direitos humanos e, ao estar fora da jurisdição territorial americana, não seguir as regras do estado de direito. Em diversas ocasiões, relatores da ONU denunciaram tortura e maus-tratos na base.

Um dos obstáculos para deportar um número elevado de pessoas é como fazer com que os países de origem aceitem essa população. Uma das pessoas estava sendo conduzida com o governo de El Salvador, que criaria uma espécie de centro de triagem ou mesmo uma prisão extraterritorial para os americanos.

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Mais cedo, em entrevista à rede Fox News, a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, confirmou que Guantánamo era uma opção para servir como prisão. "Estamos avaliando e conversando sobre isso agora mesmo", disse Noem.

Segundo ela, a decisão será de Trump. Mas admitiu que a base é "um ativo, e vamos continuar a analisar como podemos usar todos os nossos ativos". Na entrevista, ela ainda indicou que estava revogando os vistos de 600 mil venezuelanos que, diante da crise no país, migraram aos EUA.

"O povo deste país quer esses sacos de lixo fora. Eles querem que suas comunidades estejam seguras", afirmou.

Horas depois, foi o próprio presidente quem anunciou que estava instruindo seu gabinete a começar a preparar a base na ilha cubana.

Quando Joe Biden assumiu a presidência, o centro de detenção tinha 40 prisioneiros. Hoje são 15, o número mais baixo desde que os primeiros 20 homens capturados no Afeganistão foram transportados de avião para a base em 11 de janeiro de 2002. Barack Obama prometeu fecha-lo. Mas, em oito anos no poder, não cumpriu sua promessa.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

169 comentários

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Rogerio Carlos da Silva

A eleição desse senhor custará muito caro para toda a humanidade.

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Marcel da Silva Sabino

Um monstro que sabe Deus como conseguiu se eleger presidente e que se cercou de monstros como ele. Os EUA estão usando todo seu poder militar, político e econômico para chantagear e ameaçar os países com imigrantes em solo estadunidense. Que vergonha!!!

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Tatiane Marcolongo de Oliveira

O f a s c i s t a laranja já tem um campo de concentração pra chamar de seu.

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