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Clima mudou, mas cobertura jornalística dos desastres ainda não acompanhou
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A cobertura pela imprensa da tragédia provocada pelas chuvas no litoral norte de São Paulo ainda precisa evoluir, na avaliação do colunista do UOL José Roberto de Toledo. Com o aquecimento global - um dos fatores que explicam a tragédia -, esse tipo de fenômeno tende a ser mais frequente, e o jornalismo precisa estar preparado para a tarefa. Durante o programa Análise da Notícia, Toledo ponderou que a cobertura jornalística sobre esse tipo de evento não acompanhou a mudança
[A cobertura jornalística de desastres naturais] ainda não [acompanhou as mudanças climáticas], precisa melhorar. José Roberto de Toledo
Depois de pontuar que o desastre foi uma consequência do aquecimento global, Toledo também destacou que a quantidade de chuva que caiu no litoral norte de São Paulo jamais foi vista no Brasil. "Não tem nada parecido na história e são fenômenos que a gente vê se repetirem cada vez com mais frequência e aumentaram brutalmente nos últimos anos".
Ele ainda ponderou que a cobertura factual que é feita no Brasil segue a cartilha do que realmente deve ser feito, noticiando os fatos, contando os dramas das pessoas e também o número de vítimas, mas destacou que "é necessário aumentar um pouquinho o nível dessa cobertura, principalmente no período após o fato ocorrido".
Exemplo de outros países. Para que o nível da cobertura seja elevado, Toledo afirmou que seria interessante olhar para o que é feito fora do Brasil, sobretudo em locais onde esse tipo de catástrofe é mais frequente. Toledo mencionou uma lista de dez perguntas formuladas pelo Global Investigative Journalism Network para orientar jornalistas nesse tipo de cobertura.
Reflexão sobre a cobertura. Como principais pontos a serem melhorados sobre a cobertura de desastres naturais no Brasil, o colunista do UOL destacou o acompanhamento das vítimas, para verificar se receberam assistência no período após a tragédia, a investigação da hipótese de falha humana e se o desastre poderia ter sido evitado, e também se houve alguma pessoa que acabou lucrando ou se beneficiando da tragédia.
"Há toda uma linha de cobertura que vale a pena refletir a respeito para ver se a gente dá um passo além no nível da nossa cobertura", encerrou.
O Análise da Notícia vai ao ar às terças, quartas e quintas, às 19h.
Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
Veja a íntegra do programa:
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