Weintraub passa a envergonhar o país no exterior
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Após submeter o Brasil a vexames durante o período de um ano e dois meses em que esteve no comando do Ministério da Educação, Abraham Weintraub passará a envergonhar o país no exterior. Afastado do MEC, o personagem foi premiado por Jair Bolsonaro com um cargo de diretor do Banco Mundial. Passará a dar expediente em Washington.
Weintraub despediu-se do cargo de forma inusual. Anunciou sua própria saída num vídeo em que Bolsonaro aparece no papel de coadjuvante constrangido. Na cena, o ministro diz a certa altura: "Não quero discutir os motivos da minha saída." Natural. Uma discussão sobre o tema revelaria que a queda do ministro aconteceu pelo motivo errado.
Weintraub não deveria ter virado ministro. Nomeado, deveria ter sido demitido por inépcia. Não há vestígio de providências educacionais relevantes que ele tenha adotado durante sua gestão. Desperdiçou seus 14 meses no ministério produzindo tuítes, confusões e insultos. Insultou inclusive a língua portuguesa.
Na última ofensa, filmada na fatídica reunião ministerial de 22 de abril, Weintraub chamou de vagabundos os ministros do Supremo. Disse que, se pudesse, prenderia todos eles. Virou personagem do inquérito sobre fake news. Desde então, a coragem de Weintraub revelou-se uma estranha qualidade, que lhe falta justamente nos instantes mais cruciais.
Intimado a depor, preferiu o silêncio. Agora, insinua que vai ao exterior para garantir a sua segurança e a de sua família, que estariam ameaçadas se permanecessem no Brasil. Quer dizer: Weintraub será nomeado para a direção do Banco Mundial não por conta de seus méritos duvidosos, mas porque avaliou-se que ele precisa de um refúgio. Espera-se que o inglês do agora ex-ministro seja melhor do que o seu português. Quanto à Educação, continuará submetida a constrangimentos. Bolsonaro sinaliza a intenção de acomodar na poltrona de ministro um vexame novo.
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