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Valdemar sinaliza a Bolsonaro que felicidade conjugal só é possível a três
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Marcado inicialmente para o dia 22 de novembro, o casamento de Bolsonaro com o PL subiu no telhado. O presidente dissera na semana passada que a união estava 99% acertada. Mas Valdemar Costa Neto, o coronel que controla PL, sinalizou ao capitão que a felicidade conjugal só é possível a três. Ou quatro. Ou cinco...
O PL dá preferência a casamentos abertos. Trata 2022 como uma experiência de poliamor. No plano federal, a união com Bolsonaro. Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, a conjunção com o neotucano Rodrigo Garcia. No Nordeste, um vale-tudo que inclui a abertura de palanques para o petista Lula.
Falando desde Dubai, onde se encontra, Bolsonaro esclareceu que não aceita o apoio do PL a Rodrigo Garcia, candidato do seu desafeto João Doria ao governo de São Paulo. O primogênito Flávio Bolsonaro contou que seu pai incomodou-se também com o fato de o PL ter liberado seus diretórios em alguns estados para trocar alianças com legendas de esquerda, entre elas o PT.
O ataque de ciúmes não faz nexo. Egresso do centrão, Bolsonaro sabe com quem está se casando. Em passado recente, o conglomerado partidário vendeu sua alma para Lula, aproveitando o Planalto de fachada operária para cavar ótimos negócios. O grupo dormiu prometendo fidelidade eterna a Dilma. E acordou nos braços de Temer.
Hoje, o Centrão já não se contenta com tudo. Quer mais um pouco. Avessos ao risco, partidos como PL e o PP de Ciro Nogueira e Arthur Lira não parecem inclinados à monogamia política. Daí a diversificação. Seja qual for o resultado das eleições de 2022, o centrão manterá tudo exatamente como está, com ares de quem muda absolutamente tudo.
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