Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Petronegacionismo do PT expõe telhado de Lula
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Em agosto de 2022 vai ao ar o horário de propaganda eleitoral gratuita na televisão. É quando a campanha presidencial começará a sério. Os candidatos terão de prestar contas sobre o passado e vender futuras promessas. Nesse instante, se Lula repetir o que vem dizendo Gleisi Hoffmann sobre o assalto aos cofres da Petrobras nos verões passados, arrisca-se a desacreditar os compromissos assumidos em relação a um eventual futuro governo.
Presidente do PT, Gleisi emite opiniões sobre a Petrobras que não ornam com os fatos. Vinha dizendo que não houve superfaturamento nos contratos da estatal. De repente, passou a culpar Sergio Moro até pela alta do preço do gás de cozinha e dos combustíveis. Nessas versões, contrato com sobrepreço seria invenção da Lava Jato. E os derivados do petróleo estariam pela hora da morte porque a força tarefa de Curitiba desvirtuou a política de preços da estatal.
Moro foi ao Twitter para recordar que a Petrobras foi saqueada nos governos do PT. Mas ninguém precisa dar ouvidos ao ex-juiz para se manter conectado à realidade. Como candidato, Moro tem suas próprias explicações a dar. Melhor recuperar o balanço de 2014 da Petrobras, divulgado com atraso em abril de 2015. Nele, a estatal reconheceu que seus fornecedores organizaram um cartel que resultou em R$ 6,2 bilhões em pagamentos "adicionais" e "indevidos", eufemismos para superfaturamento e corrupção.
Por enquanto, beneficiado pelos desastres de Bolsonaro e pelas trombadas daquilo que se convencionou chamar de terceira via, Lula faz campanha no exterior enquanto seus operadores se excedem nas celebrações em torno das pesquisas eleitorais. Na prática, o morubixaba do PT joga parado. A essa altura, ninguém espera ouvir de alguém do PT uma admissão de culpa ou um pedido de desculpas ao povo brasileiro. Mas o petronegacionismo não é a melhor resposta à petrorroubalheira.
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