Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Pobres dariam a vida para morar no Brasil da propaganda de Bolsonaro
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Se os órgãos de defesa do consumidor tivessem um departamento eleitoral, a propaganda enganosa do PL com Bolsonaro sairia do ar. E seus idealizadores seriam proibidos de exercer a profissão de marqueteiro. Até a empulhação eleitoral tem limites. Na peça que começa a ser exibida nesta quinta-feira, Bolsonaro diz a um grupo de jovens que "a família é a base de tudo." É melhor não discutir com um especialista.
Desde que entrou para o Exército, em 1973, Bolsonaro vive às custas do contribuinte. Expurgado da carreira militar, virou político profissional. Em quase meio século, transformou a família num puxadinho dos cofres públicos. Elegeu três filhos e fundou a holding da rachadinha. Entre ex-mulheres, fantasmas e laranjas —uns parentes dos outros— a organização familiar empregou mais de uma centena de pessoas, das quais eram extorquidos até 80% dos salários, para compor o patrimônio familiar.
Bolsonaro encerra a peça publicitária com uma frase 100% feita de empulhação: "Sem pandemia, sem corrupção e com Deus no coração seremos uma grande nação." Na pandemia, Bolsonaro aliou-se ao vírus. Na corrupção, eliminou intermediários, privatizando o orçamento ao centrão. O Deus de Bolsonaro está armado até os dentes. E os brasileiros que cozinham com fogo à lenha para não gastar 13% do salário mínimo com um botijão de gás dariam a vida para morar na "grande nação" da propaganda do PL.
Exibida num instante em que a mansão de R$ 6 milhões de Flávio Bolsonaro retorna às manchetes, a propaganda estrelada por Bolsonaro ajuda a explicar por que um candidato à reeleição que aparece no Datafolha 21 pontos atrás do seu rival foge dos debates. Sem ter o que mostrar, Bolsonaro pede aos brasileiros que elejam a melhor encenação. Os jovens, público-alvo da propaganda, parecem dispostos a desempenhar muitos papeis na sucessão de 2022, exceto o de tolos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.