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Debate foi disputa de Haddad e Tarcísio, na qual Garcia entrou com a cara
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Como em todo debate eleitoral, a audiência pode se dividir na hora de apontar o vencedor da mais recente contenda entre os candidatos ao governo de São Paulo. Há, porém, uma sólida e irrefutável certeza: o grande perdedor da noite foi o governador tucano Rodrigo Garcia. O debate foi uma disputa do petista Fernando Haddad e do bolsonarista Tarcísio de Freitas, na qual Garcia entrou com a cara.
No tempo regulamentar, a coisa terminou num empate entre Haddad e Tarcísio. Sem nocaute, é improvável uma virada de votos. A dupla se consolidaria na primeira e na segunda colocação das pesquisas. Encerrada a transmissão, um aliado levado por Tarcísio à plateia, o deputado estadual Douglas Garcia, cedeu a vitória a Haddad ao agredir com injúrias a jornalista Vera Magalhães. A incivilidade reeditou a truculência de Bolsonaro no debate presidencial. Pode custar votos a Tarcísio.
Reedita-se em São Paulo a polarização estrelada em âmbito nacional por Lula e Bolsonaro. Terceiro colocado nas sondagens eleitorais, Rodrigo Garcia foi espremido por todos os adversários. Viu-se compelido a explicar mazelas do governo paulista —do aumento da cesta básica às obras paralisadas. Grudaram-lhe na testa os vínculos com João Doria e sua rejeição. "Eu não tenho padrinho político, eu estou há 27 anos trabalhando por São Paulo", esquivou-se.
Embora seja um petista sem bola de ferro no calcanhar, Haddad foi confrontado com os escândalos de corrupção. Saiu-se à moda Lula, enumerando ações adotadas em gestões petistas para reforçar a transparência e vitaminar órgãos de controle.
Na primeira oportunidade, Haddad questionou Tarcísio sobre o descaso da gestão Bolsonaro com vacinas. Bolsonarista sem cloroquina, Tarcísio repetiu o lero-lero oficial de que Brasília comprou imunizantes contra a covid na quantidade necessária, no tempo adequado. Os familiares das mais de 680 vítimas da covid talvez discordem.
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