Josias de Souza

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Opinião

Falta de planejamento produz desvios bem planejados em SP

Na administração pública, há dois tipos de emergência —as reais e as fabricadas. As primeiras decorrem das fatalidades da vida. As outras são artimanhas que têm origem numa falta de planejamento planejada com método para produzir opacidade, direcionamento de contratos e, no limite, superfaturamento de obras.

Sob Ricardo Nunes, os setores da prefeitura de São Paulo responsáveis pelo planejamento de obras revela-se incapaz de resolver problemas preventivamente. Mas os planejadores da prefeitura são geniais na organização das confusões armadas dentro do orçamento.

Ricardo Nunes assumiu a prefeitura em maio de 2021, após a morte de Bruno Covas. Entre janeiro de janeiro de 2022 e o mês passado, gastou R$ 3,7 bilhões em obras emergenciais. Sem licitação. Segundo o Tribunal de Contas do Município, isso representa 295% a mais do que gastaram quatro prefeitos juntos nos últimos 14 anos.

Ainda não se sabe se Ricardo Nunes conseguirá realizar o sonho de se reeleger prefeito de São Paulo em 2024. Mas o personagem, cuja gestão já está pendurada de ponta-cabeça nos relatórios do tribunal de contas, vai se transformando num candidato favorito a virar réu em processos judiciais por mau uso de verbas públicas.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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