Enchente no RS aciona alarme da impopularidade no Planalto
Depois da tempestade vem a cobrança. Lula trabalhava com a perspectiva de uma queda consistente no preço dos alimentos em 2024. Mas a tragédia climática gaúcha leva os economistas a rever suas previsões para cima. Algo que acionou no Planalto o alarme da impopularidade.
O Rio Grande do Sul responde por 70% da produção brasileira de arroz. Uma parte da safra perdeu-se sob as águas. Outra parte, já colhida, está ilhada. Às voltas com a síndrome do que esta por vir, Lula foi às compras. Decidiu importar 1 milhão de toneladas de arroz.
O problema não se restringe ao arroz. O Rio Grande do Sul é responsável também por cerca de 17% do total de abate nacional de suínos; 13% de frango; e 5% de bovinos.
Para desassossego de Lula, as pesquisas mais recentes revelaram que, desde agosto do ano passado, a aprovação do seu desempenho caiu enquanto a reprovação cresceu. Uma das causas da aproximação das duas linhas é a percepção popular de que a economia piorou.
Ironicamente, a gestão Lula reequilibrou uma economia que herdou em mau estado. Mas nem a criação de novos empregos, o aumento do salário mínimo e a elevação da renda média conseguem impedir que o humor do brasileiro seja envenenado quando se movem para cima os preços na quitanda e na feira.
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