Josias de Souza

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Ramagem escancara nanismo de Bolsonaro na cidade do Rio: 13%

Bolsonaro vetou em maio do ano passado o plano do seu primogênito de disputar a prefeitura do Rio de Janeiro. A evolução as pesquisas ajuda a entender a proibição. Munido de levantamentos internos feitos por encomenda do PL, o capitão antevia um fiasco. Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira reforça a impressão de que eram sólidos os receios de Bolsonaro.

O deputado Alexandre Ramagem, representante do bolsonarismo na corrida eleitoral do Rio, amealhou na pesquisa 13% das intenções de voto. Está 36 pontos atrás do prefeito Eduardo Paes, com 49%. Juntos, os outros candidatos somam 19 pontos percentuais. Ainda que os eleitores de todos eles decidissem votar em Ramagem, Eduardo Paes ficaria 17 pontos à frente do candidato de Bolsonaro.

Segundo a Quaest, Ramagem apanha do prefeito mesmo entre os eleitores que votaram em Bolsonaro na corrida presidencial de 2022. Nesse nicho, a vantagem de Eduardo Paes é de dez pontos: 39% a 29%. Lula não chega a agregar votos para Paesw. Mas entre os eleitores de Lula, o predomínio de Paes é expressivo: 61%, contra 2% que preferem Ramagem.

Ramagem é o Plano C de Bolsonaro no Rio. O general Braga Netto, primeira opção, foi declarado inelegível pelo TSE. O general Eduardo Pazuello, o Plano B, foi preterido porque o capitão apostou que o tema da segurança pública daria vantagens a Ramagem, um delegado da Polícia Federal.

A campanha está só começando. Bolsonaro dispõe de três meses para demonstrar que seu prestígio como cabo eleitoral é maior do que o nanismo exposto no índice atribuído a Ramagem. Se tudo der errado, restará ao patriarca festejar o faro que lhe permitiu trocar o Zero Um por um zero à esquerda. Não resolveu o problema. Mas evitou que o eventual fiasco tenha a cara de Flávio Bolsonaro.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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