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Kennedy Alencar

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Selic: Fitch eleva pressão, e fica inviável BC não reduzir ao menos 0,5 pp

A elevação da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch aumenta a pressão para o Banco Central abaixar a taxa de juros. Expliquei isso no Análise da Notícia.

Fica inviável para o Banco Central fazer um corte de juros menor que 0,5 ponto percentual. A gente está vendo todos os analistas, muitos que sempre tomaram parte do Banco Central, dizendo que o Banco Central não tem mais razão para manter a taxa Selic em 13,75% ao ano.

Com a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) a ser realizada na próxima semana, essa notícia gera expectativas para uma queda na taxa de juros.

A inflação está com perspectiva de fechar abaixo de 5% no fim do ano. Ela é projetada para os próximos 12 meses em mais ou menos 4%, você com uma taxa de 13,75% está tendo um juro real de 9,75%. É muito alto, inviabiliza a economia. [...] A gente sabe que esse Banco Central dificilmente vai ousar em cortar 0,75 ponto percentual. Campos Neto é um conservador. Mas é inviável para o Banco Central reduzir só 0,25 ponto percentual.

Mesmo se o corte for de apenas 0,25 ponto percentual e o governo só conseguir "reclamar", a ideia de rever a autonomia do Banco Central passa longe do Congresso Nacional.

Não há espaço no Congresso Nacional para uma revisão da autonomia do Banco Central. Há uma ideia em setores do governo para ver se rediscute uma coincidência do presidente do Banco Central com o presidente da República. [...] Na prática, Lula não tem poder sobre a política monetária.

***

O Análise da Notícia vai ao ar às terças, quartas e quintas, às 19h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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