Rato, escorpião: Prefeitura de SP tem 3.800 pedidos pendentes contra pragas
O município de São Paulo contava com 3.764 solicitações pendentes feitas à prefeitura em 2024 por cidadãos para controle de pragas ao final do terceiro trimestre. Isso inclui pedidos de vistoria em locais por infestação de ratos, escorpiões, morcegos, pernilongos e o mosquito transmissor da dengue, vespas e abelhas e pombos.
A informação foi extraída da base de dados abertos da própria Prefeitura de São Paulo. Há pedidos "em andamento" que datam do primeiro dia útil do ano, 2 de janeiro.
Do total, apenas 95 solicitações aparecem "em aberto". Das que estão "em andamento", 1.303 eram relativas a ratos, 1.007 vespas e abelhas, 746 pernilongos, 639 pombos, 216 escorpiões e 36 morcegos. Esses animais estão relacionados à transmissão de raiva, leptospirose, criptococose, além de dengue, chikungunya e zika.
O aumento da infestação de pragas é visto como uma das consequências das mudanças climáticas, com o encurtamento do inverno e o aumento da temperatura média.
Ao UOL, a Secretaria Municipal da Saúde afirmou que "a ausência do munícipe no local da ocorrência e endereços não localizados são alguns dos motivos para eventuais atrasos no atendimento".
Em nota, a prefeitura afirma que o maior volume de atendimentos em 2024 deve-se às vistorias relacionadas a possíveis focos do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue.
Nesse tema, houve atendimento quase total: são apenas dois chamados em andamento e dois em aberto diante de quase 53,6 mil finalizados. Isso indica que houve priorização de atuação contra essa praga diante das demais.
Quanto aos escorpiões, a assessoria da Prefeitura de São Paulo diz que 504 de 573 solicitações tiveram resposta. Contudo, os dados disponíveis mostram 1.198 chamados, dos quais 973 finalizados, 216 em andamento, oito cancelados e um em aberto.
A gestão Ricardo Nunes também afirma que triplicou, neste ano, o atendimento das solicitações para vistorias este ano. E que, de janeiro a setembro, 68,8 mil dos 72,9 mil pedidos recebidos tinham sido finalizados. Os dados colhidos pela reportagem apontam 70,2 mil finalizados frente a 74,4 mil no total.
Em tempo: a prefeitura coloca vespas e abelhas como pragas. Vale ressaltar que isso não é uma análise sobre a abelha em si (em um momento de preocupação global com a redução do número das abelhas, chamá-las de pragas seria um tanto quanto injusto). Mas, neste caso, a questão é mover ninhos de abelhas de locais onde elas podem vir a machucar pessoas.