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Denúncias contra o Facebook unem 17 jornais, TVs e agências de notícias
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O Facebook voltou ao noticiário neste sábado(23) com a publicação de forma quase simultânea por diferentes veículos de uma série de denúncias sobre a forma como a empresa lidou (ou deixou de lidar) com mensagens divulgando informações falsas e teorias conspiratórias sobre a eleição americana, em 2020.
Segundo a Associated Press, o "Facebook Papers" representa uma colaboração inédita entre 17 organizações de notícias americanas, incluindo a própria agência. "Jornalistas de várias redações, grandes e pequenas, trabalharam juntos para ter acesso a milhares de páginas de documentos internos da empresa obtidos por Frances Haugen, a ex-gerente de produto do Facebook que se tornou denunciante".
Como registrou o site The Information, "não é sempre que grandes organizações de notícias se coordenam para vasculhar um grande tesouro de documentos vazados de uma empresa e concordam em não publicar matérias sobre eles até uma determinada data. Mas, no mundo das notícias relacionadas ao Facebook, esses são tempos extraordinários".
Frances Haugen foi a fonte secreta que vazou uma série de documentos ao "The Wall Street Journal", em setembro, acusando o Facebook de "enfraquecer a democracia", ao colocar os lucros acima da segurança e do bem-estar dos usuários. No início de outubro, ela resolveu mostrar o rosto em uma entrevista dada ao programa "60 Minutes", da emissora CBS. Na sequência, deu um depoimento ao subcomitê de Comércio do Senado americano.
A nova leva de documentos deu origem, neste sábado, a reportagens publicadas nos jornais "The New York Times" e "The Washington Post", e nos canais CNN e NBCNews. Tudo indica que vem mais material jornalístico nos próximos dias.
As matérias mostram que diferentes funcionários alertaram o Facebook sobre a propagação de "desinformação eleitoral incendiária" nos dias seguintes à eleição. A rede social de Mark Zuckerberg não teria feito nada para impedir a circulação de falsas informações que acabaram levando, em 6 de janeiro deste ano, à invasão do Capitólio (a reportagem do "New York Times", em português, pode ser lida aqui).
Em 2019, uma então pesquisadora da empresa começou a receber sugestões sobre o QAanon, um grupo que divulga teorias conspiratórias, dias depois de criar um perfil falso em que manifestava interesse em assuntos relacionados a Donald Trump e Fox News.
O "Washington Post" trouxe o depoimento de uma nova fonte anônima declarando apoio às acusações feitas por Frances Haugen. O denunciante acusou um executivo de Facebook de criar uma "lista branca" que protegia de sanções algumas figuras que promoviam desinformação, como o site Breitbart, de Steve Bannon. O Facebook negou a acusação. "Nunca houve uma lista de permissões que isentasse editores, incluindo Breitbart, das regras do Facebook contra desinformação".
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