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Mauricio Stycer

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Na Folha: Netflix compete com a Globo com "histórias da gente para a gente"

Maria Casadevall em "Coisa Mais Linda", série brasileira da Netflix - Aline Arruda/Netflix
Maria Casadevall em "Coisa Mais Linda", série brasileira da Netflix Imagem: Aline Arruda/Netflix

Colunista do UOL

27/11/2021 07h01

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Ao comunicar o que está por trás do projeto de Mais Brasil na Tela, a Netflix sugeriu um novo olhar sobre o mercado nacional. Não falou mais, como vinha fazendo, em levar uma visão do Brasil para o mundo, mas em "encontrar personagens e tramas com as quais (os brasileiros) consigam se identificar e ver a pluralidade do Brasil na tela". Como afirmou Elisabetta Zenatti, vice-presidente de conteúdo da empresa para o Brasil, "os brasileiros querem mais histórias contadas por diferentes vozes, que reflitam suas vidas, suas raízes e sua ancestralidade". Ela disse ainda: "Por isso, nossa ambição será fazer cada vez mais histórias da gente para a gente, cujo sucesso estará em produzir a melhor versão, de forma que se conectem com mais audiências ao redor do Brasil".

"Coisa Mais Linda" e "Cidade Invisível" são bons exemplos da estratégia anterior da Netflix. Ambas tratam de temas brasileiros, muito interessantes, mas com abordagens superficiais e artificias, para inglês ver. O novo discurso ("fazer cada vez mais histórias da gente para a gente") sugere que o alvo da empresa mudou. Agora interessa produzir conteúdo brasileiro para competir com os seus concorrentes dentro do Brasil, em especial, o Globoplay. O maior trunfo do serviço da Globo, justamente, é a sua facilidade de produção com cor local.
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