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Mauricio Stycer

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Folha: Série "Rota 66" é uma adaptação exemplar do livro de Caco Barcellos

Humberto Carrão interpreta o jornalista Caco Barcellos na série "Rota 66 - A Polícia que Mata", do Globoplay - Vans Bumbeers
Humberto Carrão interpreta o jornalista Caco Barcellos na série 'Rota 66 - A Polícia que Mata', do Globoplay Imagem: Vans Bumbeers

Colunista do UOL

02/10/2022 07h01

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Trinta anos depois de sua publicação, "Rota 66 - A História da Polícia que Mata" permanece como um livro essencial, um exemplo do que de melhor o jornalismo é capaz de produzir. Caco Barcellos, um dos meus heróis na profissão, apresenta neste trabalho o resultado de uma pesquisa minuciosa sobre a letalidade da Rota, uma unidade da Polícia Militar de São Paulo, entre 1970 e 1992. São números equivalentes à de conflitos armados entre nações, motivo pelo qual o jornalista se considera um "correspondente de guerra".
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O livro está todo lá, na essência, ainda que bastante editado. Criada por Maria Camargo e Teodoro Poppovic, com direção artística de Philippe Barcinski, a série do Globoplay aproveita tudo de mais impressionante da obra, mas sem a preocupação de fazer uma adaptação literal. Os roteiristas ignoram a cronologia de alguns casos e alteram pequenos detalhes de várias histórias não por apelação, acredito, mas para tornar o resultado mais compreensível.
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A constatação óbvia é que se trata de um tema, infelizmente, atualíssimo. A polícia que mata funciona à base de incentivos dos chefes e a complacência de diferentes instâncias de apuração e julgamento dos casos.

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