O Radar das Eleições

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Boulos gasta R$ 6 milhões nas redes sociais no 1º turno, e Nunes, R$ 4,4 mi

No primeiro turno das eleições, o valor gasto por candidatos em todo o país com impulsionamento de conteúdo somou R$ 170 milhões, uma alta de 57% na comparação com a campanha municipal de 2020 (R$ 108,5 milhões).

O líder do ranking foi o candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL), que, somente no primeiro turno, gastou R$ R$ 6,07 milhões. Isso significa um gasto de R$ 3,42 por voto dado nas urnas. O candidato do PSOL teve 1.776.127 votos na primeira etapa da disputa.

Já o prefeito Ricardo Nunes (MDB) investiu R$ 4,48 milhões em impulsionamento de redes e ocupou o terceiro lugar entre os candidatos do país que mais gastaram na primeira etapa da campanha. Levando em consideração os 1.801.139 votos obtidos pelo atual prefeito, o gasto foi de R$ 2,49 por voto.

Já o candidato Pablo Marçal (PRTB), que tinha uma presença forte nas redes, investiu R$ 2,3 milhões e ocupou a quinta posição entre os candidatos que mais gastaram em impulsionamento no país, registrando um gasto de R$ 1,34 em média para cada voto.

Com 84.200 votos, a candidata do Novo, Maria Helena, foi a campeã de gasto médio, com R$ 4,67 por voto, seguida por Datena (PSDB), com R$ 4,45. Os dois tiveram menos de 2% dos votos cada um.

Os dados fazem parte de um levantamento feito pela Nexus - Pesquisa e Inteligência de Dados, da FSB Holding, com base em dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

As informações foram coletadas em 11 de outubro. Os candidatos que disputaram apenas o primeiro turno têm até 5 de novembro para concluir a prestação de contas. Para o segundo turno, o prazo vai até 16 de novembro.

Em Fortaleza, candidato investiu alto e perdeu

O segundo lugar do ranking feito pela Nexus ficou com José Sarto (PDT), que gastou R$ 4,92 milhões e perdeu a disputa para Prefeitura de Fortaleza, ficando de fora do segundo turno.

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O gasto médio de Sarto por voto recebido nas urnas foi de R$ 29,99. Em seguida, está Capitão Wagner (União Brasil), com R$ 10,40.

Os candidatos que foram para o segundo turno na capital cearense, Evandro Leitão (PT) e André Fernandes (PL), gastaram, respectivamente, R$ 7,43 e R$ 1,15 para cada voto, sendo Fernandes o candidato com menor gasto proporcional na cidade.

Isso significa que Fernandes gastou com as redes sociais 26 vezes menos do que o atual prefeito Sarto e mesmo assim garantiu uma vaga no segundo turno.

Eduardo Paes gastou R$ 0,55 por voto

O levantamento da Nexus apontou que o prefeito com mais votos em números absolutos, Eduardo Paes (PSD), eleito em primeiro turno com 60,47% dos votos válidos no Rio de Janeiro, gastou em média R$ 0,55 para cada voto.

Seu adversário com gasto médio maior foi Marcelo Queiroz (PP), com R$ 5,24.

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Já o segundo colocado na disputa carioca, Alexandre Ramagem (PL), gastou em média R$ 0,43 por voto recebido.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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